AMIGA DO PARQUE BARIGUI - KARIN BRENNER

COZINHAS DA NOVA ERA

A engenheira e designer e AMIGA DO PARQUE BARIGUI KARIN BRENNER ensina como valorizar o projeto de Cozinhas e Espaços Gourmets

Antigamente, era comum encontrar nas residências, especialmente nas casas de fazenda, o espaço para preparo das refeições dividido em dois ambientes distintos: a cozinha “suja” e a cozinha “limpa”. A primeira era usada, por exemplo, para salgar a carne, limpar frango, lavar os legumes que chegavam da horta ainda cheios de terra, etc. Na cozinha “limpa” era onde acontecia o preparo mesmo das refeições e a magia dos temperos. “Hoje, nas casas mais abastadas, esse conceito de duas cozinhas voltou à tona, porém modernizado e refinado, dividindo-se na cozinha tradicional, que todos nós conhecemos, e nos espaços gourmets”, analisa a engenheira e designer de interiores Karin Brenner, que também ministra aulas no setor.

Mas, para serem funcionais e adequados a uma época e a um público tão exigente de qualidade como hoje, atenta Karin, tanto a cozinha tradicional quanto o espaço gourmet precisam ter projetos bem elaborados. “Não é possível conceber uma boa cozinha, sem pensar em praticidade. Ela é um dos ambientes mais usados em uma residência – praticamente todos os dias -, o que justifica o uso de torneiras com mangueirinhas, que têm mobilidade, e o investimento em móveis inteligentes, que permitem rápido acesso aos utensílios e facilitem as tarefas”, diz Karin. Outros pormenores também ajudam a valorizar os projetos das cozinhas atuais. “Um detalhe que geralmente não é considerado, é a iluminação sobre o tampo da pia e do balcão. A pessoa, ao se posicionar diante deles para preparar os alimentos, acaba gerando uma sombra que interfere no trabalho, por isso é preciso iluminar aqueles pontos. Mesmo que a pia e o balcão estejam diante de uma janela, isso só fica resolvido durante o dia, não à noite”.

Os espaços gourmets requerem especificações ainda mais detalhadas, ensina Karin Brenner. “Como ele faz parte da área social da casa, geralmente integrado a uma sala de estar, procuro não colocar azulejos nesse local, privilegiando as paredes com pintura epóxi, que é uma tinta usada até em hospitais e que pode ser lavada”. Com relação à estética do espaço, a profissional afirma que ele pode ser trabalhado com uma cor mais forte, como vermelho ou laranja, que vai compor com os elementos da sala de estar, de jantar ou de jogos, onde eventualmente esteja integrado. “Em um dos projetos que desenvolvi, onde espaço gourmet ficava ao lado da área da piscina e integrado ao living, trabalhei com um tom avermelhado em uma das paredes. Como é preciso um piso nobre mas de fácil manutenção, usei porcelanato, o que deu uniformidade a todo o ambiente”, conta Karin. No balcão da pia e do fogão e na parte central da mesa foi aplicado o mármore marrom imperial. Em razão dos revestimentos frios e do visual high tech dos atuais aparelhos e eletros (fogão, geladeira, processadores, etc), onde predomina o aço inox, Karin orienta a usar móveis com revestimento amadeirado para aquecer o ambiente, deixando-o mais acolhedor. “Nesse projeto, inclusive trabalhei o gesso com desenhos em frisos, que dão a impressão de madeira pintada de branco”.

Para manter a integridade de tudo isso, uma coifa potente é indispensável. “Ela vai evitar que a fumaça, os odores e a gordura se espalhem pela sala, comprometendo o ambiente e o prazer de compartilhar a culinária com os amigos”, completa Karin Brenner.

SERVIÇO

AMIGA DO PARQUE BARIGUI - KARIN BRENNER – Engenharia e Designer de Interiores

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