O evento foi aberto pelo diretor financeiro da Fundação Cultural de Curitiba, Nilton Cordoni Júnior, e pela coordenadora do Observatório Itaú Cultural, Josiane Mozer. Ainda nesta segunda-feira, a professora Cláudia Leitão, da Universidade Estadual do Ceará, aborda o tema "O Desafio da Sustentabilidade dos Projetos Culturais".
Nesta primeira palestra, Albino Rubim empreendeu uma viagem histórica pelos caminhos da cultura brasileira, destacando os períodos de ausência do Estado, a época do totalitarismo e a instabilidade verificada nas políticas culturais. De nomes de ampla visão cultural, como Mário de Andrade, primeiro gestor cultural de São Paulo, passando por Gustavo Capanema, ministro da Educação e Saúde (1934 - 1945), depois pela Era Vargas e a ditadura, até chegar às iniciativas atuais, Rubim destacou pontos importantes, citando a tradição da relação entre autoritarismo e políticas culturais.
Citando a primeira lei brasileira de incentivos fiscais para a cultura, a Lei Sarney (1985), depois a criação da Lei Rouanet (1991) e a Lei do Audiovisual (1993), Rubim evidenciou que as leis de incentivo tornaram-se elo vital do financiamento da cultura, no Brasil. O palestrante lembrou que tais leis ocupam o lugar das políticas culturais governamentais, levando o governo a transferir suas obrigações nessa área. "Não sou contra leis de incentivo. Sou contra a maneira brasileira de leis de incentivo, que aqui se transformaram praticamente na única forma de financiamento da cultura", enfatizou.
Para Rubim, o mecanismo das leis brasileiras de incentivo à cultura deixou de ser uma parte do processo para se tornar política cultural. "O Estado delegou totalmente à iniciativa privada a decisão sobre o que deve ser financiado e passou a ser um mero repassador de recurso", ponderou.
Professor titular da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Albino Rubim também é pesquisador do CNPq e do Centro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (CULT). Docente do Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (PÓS-CULTURA), o professor ocupa o cargo de Presidente do Conselho Estadual de Cultura da Bahia. Foi diretor da Faculdade de Comunicação e presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação em Comunicação (COMPÓS).
I Curso Gestão e Financiamento da Cultura e II Seminário Cultura, Cidade e Desenvolvimento
Um comentário:
Caro blogueiro,
A vacina contra Influenza H1N1, vírus que já matou 1.632 brasileiros, está disponível nos postos de saúde pública de todo o Brasil para pessoas com maior risco de desenvolver a forma grave da doença. A vacina foi testada, é segura e mais de 300 milhões de pessoas já foram imunizadas com esta vacina no Hemisfério Norte. Sábado, 24, começa mais uma etapa da campanha, voltada agora para a vacinação de idosos com doenças crônicas. No entanto, a população das outras etapas - jovens de 20 a 29 anos, grávidas, crianças maiores de 6 meses a menores de 2 anos e doentes crônicos com menos de 60 anos - ainda podem procurar os postos para se vacinar.Para mais informações sobre como se tornar um parceiro, escreva para fernanda.scavacini@saude.gov.br
Atenciosamente,
Ministério da Saúde
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