domingo, 10 de fevereiro de 2013

Bebida energética: consumo com álcool é coquetel perigoso à saúde

A Nutricionista Cristiane Perroni alerta para a utlização do produto, criado para incrementar a resistência física, além de aumentar o estado de alerta e evitar o sono
 
As bebidas energéticas são legisladas pela RDC 273, de 2005, que as caracterizam como compostos líquidos prontos para consumo. A lei permite as denominações “bebida energética” ou “energy drink”, porém não permite expressões como: “energético”, “potencializador”, “melhora de desempenho” ou “estimulante". Não é recomendado o consumo com bebida alcoólica e crianças, gestantes, idosos e portadores de enfermidades devem consultar o médico antes de consumir o produto. 

Bebidas energéticas quando combinadas com álcool viram um coquetel perigoso (Foto: Getty Images)
As bebidas energéticas foram criadas para incrementar a resistência física, proporcionar reações mais rápidas, aumentar o estado de alerta mental, evitar o sono, proporcionar sensação de bem estar, estimular o metabolismo e ajudar a eliminar substancias nocivas ao corpo. É muito utilizado por jovens, atletas, motoristas e caminhoneiros.

Este consumo, quando associado às bebidas alcoólicas, se transforma em um coquetel perigoso para a saúde, podendo desencadear uma série de transtornos como convulsões, arritmias e morte súbita. Por outro lado, as bebidas energéticas parecem retardar os efeitos depressores e de sonolência do álcool, levando ao consumo de mais bebidas alcoólicas.

As propriedades

A taurina é um aminoácido que, nos seres humanos, é tanto biossintetizada quanto ingerida em dieta normal. Pode ser encontrada em frutos do mar, aves e carnes bovinas. Estudos científicos apontam para diversos efeitos fisiológicos do aminoácido como detoxificação de metais pesados e no sistema nervoso central. Dessa forma, como uma melhora na resposta hormonal acaba caracterizando melhor performance em atletas. Estudos demonstram que a suplementação oral desta substância aumenta significativamente a frequência cardíaca após uma sobrecarga física.

A glucoronolactona é um tipo de carboidrato biossintetizado a partir da glicose, podendo ser encontrado também no vinho tinto, cereais, maçãs e pêras. É essencial para a desintoxicação e metabolismo de ampla variedade de xenobióticos e medicamentos, via conjugação no fígado, que são excretados na urina.

O inositol é um isômero da glicose encontrado na forma livre, na forma de fosfolipídeo e em formas fosforiladas, conhecido como ácido fítico. É encontrado e amplamente distribuído na dieta humana, tanto em fontes vegetais quanto animais. Encontra-se nas membranas celulares e nas lipoproteínas plasmáticas.

A cafeína é uma das principais xantinas. No sistema nervoso central, as xantinas aceleram a cognição, aumentam a resistência física, diminuem a fadiga e aumentam o estado de vigília. A bebida também é capaz de acelerar a perda de cálcio e magnésio pelo organismo, resultando em cãibras e a longo prazo a osteoporose, tem alto poder de provocar dependência.

As bebidas energéticas não possuem a mesma função e eficácia das bebidas isotônicas. Estas bebidas à base de água, sais minerais e carboidratos têm a função de repor líquidos, eletrólitos e carboidratos que costumam ser perdidos, principalmente, através do suor, durante atividades físicas intensas, como corridas competitivas acima de uma hora.

Confira a composição nutricional do energético:

- Inositol: máximo 20 mg/100 ml
- Glucoronolactona: máximo 250 mg/100 ml
- Taurina: máximo 400 mg/100 ml
- Cafeína: máximo 35 mg/100 ml
- Álcool etílico: máximo 0,5 ml/100 ml

* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade da autora Cristiane Perroni, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.

Fonte: Globoesporte.com / EuAtleta.com

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