Ingerir cinco porções diárias de frutas, verduras e legumes é a dica de Cristiane (Foto: Getty Images) |
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Correr na chuva requer cuidados especiais com a alimentação
NUTRICIONISTA RECOMENDA A INGESTÃO DE PORCÕES DIÁRIAS DE FRUTAS, VERDURAS E LEGUMES, ALÉM DE VITAMINA C, PROBIÓTICOS, GORDURAS BOAS E CASTANHA DO PARÁ
Correr na chuva depende da temperatura do dia. No verão, correr na chuva é muito agradável, resfria o corpo. Entretanto, no inverno, com baixa temperatura, o ar frio que entra nos pulmões e cobre o corpo suado pode deixar o corredor em risco, afetando seu sistema imunológico. É fundamental manter a imunidade equilibrada através da boa alimentação, prática moderada de atividade física e repouso.
Ingerir cinco porções diárias de frutas, verduras (hortaliças A) e legumes (hortaliças B) garante a ingestão de vitaminas e minerais, potentes antioxidantes que atuam estimulando o sistema imunológico e combatendo os radicais livres. Seguem abaixo alguns alimentos que ajudam a manter a imunidade em dia.
- Vitamina C: aumenta a resistência do organismo presente nas frutas cítricas (laranja, acerola, tangerina, limão) morango, brócolis, pimentão, couve e melancia;
- Probióticos: bactérias que melhoram o sistema de defesa do organismo através do equilibrio da flora intestinal, contidas no iogurte e leite fermentado, na forma de lactobacillus ou bifidobactérias;
- Gorduras do bem: azeite, ômega 3 (linhaça e peixes como salmão e sardinha), nozes e castanha do pará, regulam as células imunológicas, previnem doenças cardiovasculares e ação anti-inflamatória;
- Whey protein: proteína do soro do leite que modula a função imune. São rapidamente absorvidas dentro do corpo para fornecer quantidades de aminoácidos essenciais para os órgãos e tecidos, além da regeneração muscular. Indicado consumo de 20 a 30g (uma medida ou duas colheres de sopa) de Whey junto com carboidrato após atividade física intensa, para minimizar a supressão imune induzida pelo exercício físico e por acelerar a recuperação muscular;
- Castanha do pará: rica em gordura mono e poliinsaturada. Reduz LDL colesterol (colesterol ruim), aumenta HDL colesterol (colesterol bom), promove saciedade, mantém a glicemia constante, evitando a hipoglicemia. Rica também em selênio, um potente antioxidante. Usar duas unidades antes da atividade física.
O treinamento intenso pode afetar o sistema imunológico. Durante o treino para uma maratona, nos “longões” é muito comum o aparecimento de resfriados, pela ultrapassagem dos limites. Precisamos ter atenção à alimentação e ao descanso.
Fonte: Cristiane Perroni - Globoesporte.com / EuAtleta.com.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Feira Gestante e Bebê começa nesta terça no Expo Renault Barigui
Curitiba recebe, a partir desta terça-feira (19), no Expo Renault Barigui, a Feira Gestante e Bebê, evento voltado ao público gestante e infantil.
Segundo os organizadores, um dos maiores atrativos desta 6ª edição, com mais de 100 expositores, é a liquidação com descontos de até 50% em toda a linha de enxoval, móveis e carrinhos de bebê. Haverá ainda o sorteio do "quarto dos sonhos", que acontece no último dia da feira.
Para fazer as compras com tranquilidade, as mães podem deixar os filhos em um parque infantil, montado com brinquedos infláveis. A feira dispõe, ainda, de fraldário e sala de amamentação.
Serviço
Feira Gestante e Bebê.
Quando: 19 até 24 de fevereiro.
Horário: Das 14 às 22h
Onde: Expo Renault Barigui, em Curitiba
Entrada: R$ 5,00
mwmfeiras.com.br
Serviço
Feira Gestante e Bebê.
Quando: 19 até 24 de fevereiro.
Horário: Das 14 às 22h
Onde: Expo Renault Barigui, em Curitiba
Entrada: R$ 5,00
mwmfeiras.com.br
Limiar anaeróbico: entenda como atletas alcançam média de 20km/h
Elite masculina na São Silvestre: limiar anaeróbico explica o ritmo veloz dos atletas (Foto: Ag. Estado) |
Especialista explica as diferenças de desempenho em corridas de longa duração entre os indivíduos que estão em outros níveis de aptidão física
Os corredores e praticantes de exercícios sabem que existe um limite crítico de intensidade para que a atividade possa ser mantida com boa tolerância e por longa duração. Este limite de intensidade foi definido pela ciência no início da década de 70 como limiar anaeróbico. Seu entendimento explica as diferenças de desempenho em corridas de longa duração entre indivíduos de diferentes níveis de aptidão física. Como explicar, fisiologicamente, que atletas de elite consigam correr em velocidades médias de 20 km/h, praticamente o dobro da velocidade média de corrida de grande parte dos corredores amadores?
A explicação depende do entendimento do mecanismo de remoção do ácido láctico produzido durante o exercício. Quanto melhor a aptidão física, mais eficiente é a remoção do ácido láctico produzido durante o exercício. Esta melhor eficiência decorre tanto da melhor oxigenação dos músculos por um sistema cardiovascular mais competente, quanto por efeito do treinamento em metabolizar o ácido láctico mais rapidamente no fígado e nos próprios músculos.
A boa tolerância e, consequentemente, a capacidade de manter um certo nível de intensidade passa a ser prejudicada quando o ácido láctico começa a se acumular. A partir deste limite, a respiração começa a acelerar, inclusive prejudicando a fala, a frequência cardíaca aumenta e não mais se estabiliza, a eficiência mecânica da corrida é prejudicada e a fadiga é iminente.
Este limite crítico é o limiar anaeróbico. Ele pode ser expresso por uma velocidade de corrida, por uma frequência cardíaca que geralmente se situa entre 60 e 75 % da frequência cardíaca máxima ou até mesmo pela percepção subjetiva de esforço do indivíduo. Costuma-se dizer que o limiar anaeróbico corresponde à intensidade de corrida para a qual se atribuiria uma nota em torno de 7 numa escala de 0 a 10, relativa à percepção de esforço.
O limiar anaeróbico tem influência da herança genética e pode ser melhorado sensivelmente pelo próprio treinamento de corrida. Sua determinação mais precisa é obtida pelo teste de ergoespirometria, no qual o indivíduo corre em uma esteira e sua respiração, consumo de oxigênio e frequência cardíaca são mensurados por um sistema computadorizado.
Treinar no limite de intensidade do limiar, evitando o acúmulo de ácido láctico é considerado o ritmo mais adequado para a melhora da aptidão física aeróbica.
Os corredores e praticantes de exercícios sabem que existe um limite crítico de intensidade para que a atividade possa ser mantida com boa tolerância e por longa duração. Este limite de intensidade foi definido pela ciência no início da década de 70 como limiar anaeróbico. Seu entendimento explica as diferenças de desempenho em corridas de longa duração entre indivíduos de diferentes níveis de aptidão física. Como explicar, fisiologicamente, que atletas de elite consigam correr em velocidades médias de 20 km/h, praticamente o dobro da velocidade média de corrida de grande parte dos corredores amadores?
A explicação depende do entendimento do mecanismo de remoção do ácido láctico produzido durante o exercício. Quanto melhor a aptidão física, mais eficiente é a remoção do ácido láctico produzido durante o exercício. Esta melhor eficiência decorre tanto da melhor oxigenação dos músculos por um sistema cardiovascular mais competente, quanto por efeito do treinamento em metabolizar o ácido láctico mais rapidamente no fígado e nos próprios músculos.
A boa tolerância e, consequentemente, a capacidade de manter um certo nível de intensidade passa a ser prejudicada quando o ácido láctico começa a se acumular. A partir deste limite, a respiração começa a acelerar, inclusive prejudicando a fala, a frequência cardíaca aumenta e não mais se estabiliza, a eficiência mecânica da corrida é prejudicada e a fadiga é iminente.
Este limite crítico é o limiar anaeróbico. Ele pode ser expresso por uma velocidade de corrida, por uma frequência cardíaca que geralmente se situa entre 60 e 75 % da frequência cardíaca máxima ou até mesmo pela percepção subjetiva de esforço do indivíduo. Costuma-se dizer que o limiar anaeróbico corresponde à intensidade de corrida para a qual se atribuiria uma nota em torno de 7 numa escala de 0 a 10, relativa à percepção de esforço.
O limiar anaeróbico tem influência da herança genética e pode ser melhorado sensivelmente pelo próprio treinamento de corrida. Sua determinação mais precisa é obtida pelo teste de ergoespirometria, no qual o indivíduo corre em uma esteira e sua respiração, consumo de oxigênio e frequência cardíaca são mensurados por um sistema computadorizado.
Treinar no limite de intensidade do limiar, evitando o acúmulo de ácido láctico é considerado o ritmo mais adequado para a melhora da aptidão física aeróbica.
Fonte: Turibio Barros - Globo Esporte - Globo.com
Estudo liga dieta vegetariana a menor risco de doença cardíaca
Cientistas dizem que alimentação variada e equilibrada é determinante para saúde do coração |
Deixar de lado carnes e peixes em favor de uma dieta vegetariana pode ter um efeito positivo na saúde do coração, sugere um estudo recente.
A pesquisa, que avaliou 44,5 mil pessoas na Inglaterra e na Escócia, indica que os vegetarianos têm 32% menos probabilidade de morrer ou necessitar de tratamento hospitalar em decorrência de doenças cardíacas.
Acredita-se que as diferenças em níveis de colesterol, pressão arterial e peso estejam por trás dos benefícios à saúde.
As conclusões do estudo foram publicadas no American Journal of Clinical Nutrition.
Doenças cardíacas são um grande problema em países ocidentais. Somente na Grã-Bretanha – onde o estudo foi feito – esses males matam 94 mil pessoas por ano, mais do que qualquer outra doença. Outras 2,6 milhões de pessoas têm problemas cardíacos.
O bloqueio, por gordura, das artérias que conduzem sangue ao coração pode causar angina ou até levar a um ataque cardíaco.
Dieta equilibrada
Cientistas da Universidade de Oxford analisaram dados de 15,1 mil vegetarianos e 29,4 mil pessoas que consumiam carnes e peixes.
Ao longo de 11 anos, 169 participantes do estudo morreram e 1.066 precisaram de tratamento hospitalar devido a doenças cardíacas – e a probabilidade foi maior entre os consumidores de carnes e peixes do que entre os vegetarianos.
"A principal mensagem é de que a dieta é um importante fator determinante da saúde do coração", diz a médica Francesca Crowe, uma das autoras do estudo.
Ela ressalta, porém, que não está "defendendo que todos adotem uma dieta vegetariana". Uma das questões-chave é reduzir o consumo de gorduras.
"Os vegetarianos provavelmente apresentam baixo consumo de gordura saturada, então faz sentido que tenham um risco menor de doenças cardíacas", afirma.
Os resultados indicam que vegetarianos têm níveis de "mau" colesterol e pressão arterial mais baixos e também têm maior probabilidade de ter um peso saudável.
"Essa pesquisa nos faz lembrar que devemos buscar uma dieta variada e equilibrada, inclua ou não carne", diz Tracy Parker, da British Heart Foundation.
"Mas é importante ressaltar que ser vegetariano não é um atalho para um coração saudável. Afinal de contas, ainda há muitos pratos vegetarianos com altos níveis de gordura saturada e sal", afirma Parker.
E outra recomendação: "Se você está pensando em mudar para uma dieta vegetariana, planeje suas refeições com cuidado, para substituir vitaminas ou minerais (presentes na carne), como ferro", observa.
Fonte: James Gallagher - Repórter de Ciência e Saúde, BBC News
Fonte: James Gallagher - Repórter de Ciência e Saúde, BBC News
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
DO PARQUE BARIGUI PARA OS ANDES
Do Parque Barigui para os Andes, AMIGO DO PARQUE BARIGUI EDUARDO SOVIERZOSKI participou da prova "CRUCE DE LOS ANDES" no começo do mês e conta como foi correr 100 km pela cordilheira dos andes do Chile "Pucon" até a Argentina.
“Foi a primeira prova de montanha que participei, 3 dias 100 Km divididos 31Km, 41Km e 28Km onde tive a oportunidade em fazer novas amizades correr em dupla, passar pelas mais belas paisagens andinas, vulcões, lavas, pedras, areias vulcânicas, gelo, lagos, florestas e também muita subidas e descidas, nada de staff com água, gatorade e gel... você tem que levar o que vai comer e beber, abastecer água em rios da região, dormir em barraca tomar banho em rios, lagoas tudo em meio da natureza e das mais belas montanhas.” Relata Eduardo.
O percurso dessa prova e muito técnico, são muitas pedras, raizes, subidas e descidas onde o atleta sempre tem que estar atento para não cair. A organização e impecável na chegada ao acampamento com frutas, água, macarrão, churrasco, cerveja, gatorade, banheiros químicos, barracas a malas com seus pertences, para que no dia seguinte todos estejam recuperados para mais um dia de corrida.
“Corri em dupla com meu parceiro de treino e também AMIGO DO PARQUE BARIGUI BRASILIO CASTRO, ficamos na 33 posição, no geral de 700 duplas. Recomendo a prova para quem gosta de desafios e ficar perto da natureza!” Finaliza nosso Campeão! Parabéns EDUARDO!
A RAZÃO DA CORRIDA - Por PAOLA CARRIJO
Maratona de Curitiba 2012 - quando os quilômetros não estavam nada fáceis (agradecimentos e créditos ao Mário Maddalozzo e Triax Multisports que gentilmente me encaminharam essa foto) |
Dentre inúmeras opções de práticas esportivas, muitos já me perguntaram a razão da minha escolha. Na verdade, o motivo é simples. A corrida é um dos esportes mais democráticos que existe, possibilitando a prática e integração por todos. Independe de gênero ou idade, contemplando iniciantes, amadores, apaixonados e profissionais. A corrida é multifacetada. Pode se resumir ao simples objetivo de manter-se em forma, de alcançar a paz de espírito (como um verdadeiro alívio ao ritmo frenético do dia-a-dia) ou, até mesmo, de traduzir-se numa quebra de barreiras. A corrida te incentiva a ser mais: a ter determinação, foco, disciplina e a se colocar como seu maior rival. Afinal, correr não se resume a chegar na frente do outro, mas de superar suas próprias expectativas, ciente de que a cada treino você pode fazer sempre melhor.
Circuito Lua Cheia 2013. Fiquei em 2º lugar geral na categoria 4,3 km feminina. |
Meia Maratona Noturna de Curitiba 2012. Fiquei em 2º lugar da categoria 21 km feminina 20-24 anos. |
Equipe Guerreira G5 Esportes - Maratona de Curitiba 2012 |
Corrida Rebouças 2012, na companhia do meu pai. Fiquei em 1º lugar da categoria 10 km feminina 20-24 anos. |
Aproveito para agradecer toda a equipe de assessoria G5 ESPORTES, que foi a responsável por transformar meus usuais 10 km na minha primeira maratona e de me ensinar a diferença entre correr e treinar corrida (o que, inclusive, me rendeu alguns troféus). Igualmente parabenizo o Renato e sua equipe pelo blog e por incentivarem a prática esportiva num dos principais parques de Curitiba e, sem dúvidas, o meu principal e preferido local de treinos. A equipe G5 ESPORTES está sempre por lá, cumprindo as planilhas, fazendo treinos de coordenação e funcional e agora também com os novos treinos de kettlebell. Para os interessados, em simplesmente correr ou pegar pesado, estamos à disposição para maiores informações. O importante é correr, seja com qual objetivo for!
A PAOLA SPREA CARRIJO é AMIGA DO PARQUE BARIGUI, 24 anos, advogada, apaixonada por corrida e integrante da equipe de assessoria G5 ESPORTES (http://g5esportes.wordpress.com/assessoria-esportiva/)
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
A HORA CERTA DO GEL CARBOIDRATO
Saiba qual o momento ideal para você reabastecer os seu estoque de energia...
Já faz tempo que o gel de carboidrato se tornou companheiro inseparável de quem corre com regularidade e tem foco em desempenho. Muitos amadores, no entanto, entraram na onda sem informações suficientes sobre seu uso correto.
Você sabe quando e por que ele é necessário?
O consumo dos sachês ajuda a recarregar os estoques de energia e melhorar o rendimento na corrida, mas muitas vezes é dispensável ou pode ser substituído por alternativas naturais.
“Nosso estoque de glicogênio hepático e muscular (carboidrato armazenado) é pequeno e se esgota rapidamente com a prática de exercício. O consumo de carboidratos de rápida absorção durante a corrida fornece glicose e permite a continuidade da atividade, retardando a fadiga”, explica a nutricionista Paula Crook, da PB Consultoria em Nutrição. “Isso também evita a utilização de proteína como fonte de energia. Assim, ela não é desviada de sua principal função, que é o crescimento, manutenção e reparo dos tecidos musculares”, complementa.
Mas esse processo só ganha importância depois de uma hora de corrida. “É a partir daí que o consumo do gel passa a ser indispensável para garantir um aporte adequado de energia durante o treino, evitando a redução dos estoques de carboidrato do corpo”, defende a nutricionista. “Para facilitar, recomendo um gel de carboidrato (de 20 g a 30 g) a cada 40 minutos ou a cada 7 km, caso a corrida dure mais de uma hora.”
Para quem não gosta do suplemento, que deve ser sempre consumido acompanhado de água, há alimentos ricos em carboidratos que também são absorvidos rapidamente e que podem ser usados em treinos e provas.
Confira na tabela:
Alimento Carboidrato
1 pedaço de rapadura (30 g) 27 g
5 batatas inglesas cozidas sem casca (150 g) 27 g
1 bananinha com açúcar (37,5 g) 28 g
2 bisnaguinhas 26 g
Fonte: The Finisher - Mariana Gianjoppe
Bebidas alcoólicas prejudicam ciclos do sono, diz estudo
Pesquisadores sugerem intervalo de até duas horas entre última dose e noite de sono |
Um estudo britânico sugere que o consumo de bebidas alcoólicas antes de dormir pode prejudicar a noite de sono.
Segundo o estudo, do Centro do Sono de Londres, o álcool prejudica os ciclos do sono e, se consumido com frequência antes de dormir, pode até causar sérios problemas como apneia e insônia crônica.
Por um lado, o consumo de álcool pode até encurta o tempo necessário para o primeiro cochilo e também levar a um sono profundo, mas, pelo outro, pode anular o ciclo do sono que gera maior descanso, no qual ocorrem os sonhos.
Muitos defendem doses moderadas de bebidas e, em algumas clínicas e asilos, elas são servidas regularmente.
No entanto, Irshaad Ebrahim, diretor-médico do Centro do Sono de Londres e um dos autores da última pesquisa, diz que é preciso cautela em relação a bebidas alcoólicas.
"Devemos tomar muito cuidado com a bebida alcoólica (consumida) regularmente. Um ou dois copos à noite podem ser bons no curto prazo, mas se você continua usando uma dose antes de dormir, poderá causar problemas", afirmou.
"Se você beber é melhor esperar uma hora e meia a duas horas antes de ir dormir, para passar o efeito do álcool."
A pesquisa foi publicada na revista especializada Alcoholism: Clinical & Experimental Research.
Menos repouso, mais ronco
A equipe de Ebrahim analisou cerca de cem estudos relativos ao consumo de álcool antes de dormir e então partiu para um exame mais detalhado de 20 pesquisas.
A partir destas análises, eles descobriram que a bebida alcoólica altera o sono de três formas. Primeiro, acelera o início do sono.
Bebida também pode causar ronco
Em seguida, faz com que a pessoa caia em um sono profundo.
Estas duas mudanças, idênticas às observadas em pessoas que tomam remédios antidrepressivos, podem parecer boas e até explicam por que pessoas com insônia consomem bebida para poder dormir.
Mas, a terceira e última mudança, a fragmentação dos padrões de sono na segunda metade da noite, é a prejudicial.
As bebidas alcoólicas reduzem o tempo passado no sono REM (em inglês, rapid eyes movement, ou movimento rápido dos olhos), a fase na qual os sonhos geralmente ocorrem.
E, segundo Ebrahim, como consequência, as pessoas tem um sono menos repousante. Além disso, também pode causar o ronco.
"Com doses cada vez maiores, a bebida alcoólica suprime nossa respiração. Pode transformar pessoas que não roncam em pessoas que roncam e estas em pessoas com apneia, quando a respiração é interrompida", afirmou Ebrahim.
Para Chris Idzikowski, diretor do Centro do Sono em Edimburgo, na Escócia, bebidas alcoólicas não são úteis para se conseguir uma noite mais tranquila.
"O sono pode começar mais profundo, mas então é interrompido. Além disso, o sono mais profundo provavelmente vai levar ao ronco e piorar a respiração", afirmou.
Idzikowski também alerta para o fato de o álcool deixar a pessoa desidratada e fazer com que ela acorde para ir ao banheiro.
"Muita comida ou álcool, principalmente tarde da noite, antes de dormir, podem causar uma confusão com os padrões de sono", acrescentou.
Fonte: Michelle Roberts - Editora de Saúde da BBC News Online
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Bebida energética: consumo com álcool é coquetel perigoso à saúde
A Nutricionista Cristiane Perroni alerta para a utlização do produto, criado para incrementar a resistência física, além de aumentar o estado de alerta e evitar o sono
As bebidas energéticas são legisladas pela RDC 273, de 2005, que as caracterizam como compostos líquidos prontos para consumo. A lei permite as denominações “bebida energética” ou “energy drink”, porém não permite expressões como: “energético”, “potencializador”, “melhora de desempenho” ou “estimulante". Não é recomendado o consumo com bebida alcoólica e crianças, gestantes, idosos e portadores de enfermidades devem consultar o médico antes de consumir o produto.
Bebidas energéticas quando combinadas com álcool viram um coquetel perigoso (Foto: Getty Images) |
Este consumo, quando associado às bebidas alcoólicas, se transforma em um coquetel perigoso para a saúde, podendo desencadear uma série de transtornos como convulsões, arritmias e morte súbita. Por outro lado, as bebidas energéticas parecem retardar os efeitos depressores e de sonolência do álcool, levando ao consumo de mais bebidas alcoólicas.
As propriedades
A taurina é um aminoácido que, nos seres humanos, é tanto biossintetizada quanto ingerida em dieta normal. Pode ser encontrada em frutos do mar, aves e carnes bovinas. Estudos científicos apontam para diversos efeitos fisiológicos do aminoácido como detoxificação de metais pesados e no sistema nervoso central. Dessa forma, como uma melhora na resposta hormonal acaba caracterizando melhor performance em atletas. Estudos demonstram que a suplementação oral desta substância aumenta significativamente a frequência cardíaca após uma sobrecarga física.
A glucoronolactona é um tipo de carboidrato biossintetizado a partir da glicose, podendo ser encontrado também no vinho tinto, cereais, maçãs e pêras. É essencial para a desintoxicação e metabolismo de ampla variedade de xenobióticos e medicamentos, via conjugação no fígado, que são excretados na urina.
O inositol é um isômero da glicose encontrado na forma livre, na forma de fosfolipídeo e em formas fosforiladas, conhecido como ácido fítico. É encontrado e amplamente distribuído na dieta humana, tanto em fontes vegetais quanto animais. Encontra-se nas membranas celulares e nas lipoproteínas plasmáticas.
A cafeína é uma das principais xantinas. No sistema nervoso central, as xantinas aceleram a cognição, aumentam a resistência física, diminuem a fadiga e aumentam o estado de vigília. A bebida também é capaz de acelerar a perda de cálcio e magnésio pelo organismo, resultando em cãibras e a longo prazo a osteoporose, tem alto poder de provocar dependência.
As bebidas energéticas não possuem a mesma função e eficácia das bebidas isotônicas. Estas bebidas à base de água, sais minerais e carboidratos têm a função de repor líquidos, eletrólitos e carboidratos que costumam ser perdidos, principalmente, através do suor, durante atividades físicas intensas, como corridas competitivas acima de uma hora.
Confira a composição nutricional do energético:
- Inositol: máximo 20 mg/100 ml
- Glucoronolactona: máximo 250 mg/100 ml
- Taurina: máximo 400 mg/100 ml
- Cafeína: máximo 35 mg/100 ml
- Álcool etílico: máximo 0,5 ml/100 ml
* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade da autora Cristiane Perroni, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do Globoesporte.com / EuAtleta.com.
Fonte: Globoesporte.com / EuAtleta.com
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Correr 1h por semana pode aumentar a expectativa de vida em até seis anos
Luis Silva - Ultramaratonista Amigo do Parque Barigui |
De acordo com estudo, iniciado em 1976, exercício a uma velocidade moderada traz vários benefícios às pessoas.
Que a atividade física é uma excelente aliada para a saúde do ser humano, isso é fato concreto. Mas um estudo divulgado pela Sociedade Europeia de Cardiologia e a Associação Europeia para a Prevenção e Reabilitação Cardiovascular aponta que a prática de corrida por uma ou duas horas por semana aumenta a expectativa de vida dos homens em 6,2 anos e das mulheres em 5,6.
- Podemos afirmar com total certeza que a corrida, praticada com assiduidade, aumenta a longevidade. O aspecto positivo é que não é necessário muito esforço para observar um claro benefício - declarou Peter Schnohr, um dos principais responsáveis pelo levantamento apresentado neste mês durante o fórum internacional de Cardiologia Preventiva EuroPRevent2012, em Dublin (Irlanda).
A pesquisa, iniciada em 1976 pelo Bispebjerg University Hospital, na Dinamarca, analisou os dados de 20 mil homens e mulheres com idades ente 20 e 93 anos da capital Copenhague a fim de obter um maior conhecimento sobre a prevenção das doenças cardiovasculares. De acordo com o relatório, chamado "Copenhagen City Heart", foram registradas 10.158 mortes entre os não corredores e 122 entre aqueles que corriam. Os dados indicaram que entre aqueles que corriam de forma moderada por uma ou duas horas por semana a um ritmo lento ou médio (sem perder o fôlego) a taxa de mortalidade foi reduzida em 44%. Além disso, esta atividade física também trouxe outros benefícios para os praticantes, como o aumento dos níveis de oxigênio e da sensibilidade à insulina, equilíbrio dos níveis de lipídios no corpo, redução da pressão arterial, prevenção da obesidade e melhora a função cardíaca e psicológica.
Os responsáveis pelo estudo compararam a mortalidade em 1.116 homens e 762 mulheres corredoras com indivíduos que não corriam. Os voluntários responderam a um questionário sobre a quantidade de tempo que dedicavam à prática da corrida e sobre o ritmo do exercício (definido como lento, médio e rápido).
- Os participantes eram de idades tão diferentes, que pensamos que uma escala subjetiva da intensidade do exercício seria a maneira mais adequada de abordar o assunto - explicou Schnohr, acrescentado que a mortalidade foi menor entre aqueles que corriam de forma moderada, do que em pessoas que não corriam ou daqueles que praticavam o exercício de maneira exagerada.
Os primeiros dados desse levantamento foram coletados entre 1976 a 1978 e os seguintes de 1981 a 1983, 1991 a 1994, e 2001 a 2003. Uma análise adicional mostrou que uma corrida com uma duração entre uma hora e duas horas e meia por semana, realizada ao longo de duas a três sessões, permite os maiores benefícios, especialmente em um ritmo lento ou médio.
Fonte: GloboEsporte.com.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
CAMINHAR É UM EXCELENTE EXERCÍCIO, MAS TAMBÉM MERECE CUIDADOS
Apesar
de ser uma atividade de fácil execução, é preciso buscar orientação
profissional para saber se você está apto e sobre a intensidade do
treino
Caminhar é atividade física mais democrática que existe. Desde que não haja alguma restrição, qualquer pessoa de qualquer idade pode fazer uma caminhada. Para isso, basta usar uma roupa e um calçado confortável -de preferência um par de tênis que seja adequado ao seu tipo de pisada- e ir para rua ou esteira.
Além dos benefícios para a saúde que contribuem para a longevidade, pesquisas mostram que essa atividade física combate inclusive a depressão. Apesar de ser uma atividade que parece ser de baixo impacto, é necessário adotar algumas precauções.
- Antes fazer qualquer atividade física, é fundamental consultar um médico e verificar se há alguma restrição em relação à parte clínica. Depois, procure um profissional de Educação Física para que ele prescreva uma carga de exercícios que você esteja apto a realizar. É importante que a pessoa comece a caminhar numa intensidade baixa e, a medida que ela aquece, vá aumentando essa intensidade gradativamente - alerta Enrico Puggina, professor de Educação Física, de Ribeirão Preto (SP), em entrevista à TV Tem, afiliada da Rede Globo.
Se você não tem como caminhar num local aberto, uma opção é se exercitar numa esteira. Os benefícios são os mesmos, apesar de algumas diferenças na execução do exercício no aparelho, conforme destaca a professora de Educação Física Maria Fernanda Silveira, de Itapetininga (SP)
- Existem diferenças entre caminhar e correr na rua e na esteira. A principal é em relação à resistência e ao impacto no solo (no aparelho, são menores). O correto é pisar primeiro com o calcanhar e depois com as pontas dos pés, manter o abdome contraído e a respiração completa. É importante começar gradativamente para condicionar o sistema cardio respiratório e depois aumentar aos poucos a velocidade e o tempo de prática - disse em entrevista à TV Tem.
Pesquisas apontam benefícios
Em relação a este equipamento, uma pesquisa da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore (Estados Unidos), apontou que exercícios realizados em esteiras rolantes ajudam a recuperar os movimentos de pessoas que tiveram derrame cerebral e que ficaram com sequelas motoras, mesmo que o problema tenha sido causado há muitos anos.
E quem tem o hábito de caminhar para espairecer não imagina o bem que está fazendo para a mente. Pelo menos essa é conclusão de uma pesquisa de uma universidade da Escócia sobre os efeitos positivos da caminhada contra a depressão. Para os autores do levantamento, "a caminhada tem a vantagem de poder ser praticada pela maioria das pessoas, de implicar pouco ou nenhum custo e de ser relativamente fácil de incorporar à rotina diária" (clique aqui e leia a íntegra da matéria). É o que atesta o produtor musical Marcelo Morga, de Sorocaba (SP)
- A caminhada é uma terapia. É um momento que eu tiro do dia aquele pensamento maçante. Exercício físico é um bom alívio para o estresse - falou à TV Tem.
A opinião de Morga é compartilhada pela nutricionista Cristiane Perroni.
- Se a gente já tem o estresse diário, do trabalho ou relações sociais, se a gente ao menos organizar a alimentação e ter uma prática esportiva, a gente minimiza os estragos gerados pelo estresse - disse a colunista do EU ATLETA.
Depois de fazer uma avaliação médica para ver se tem algum histórico de doença ou alguma lesão e obter orientação de um professor de Educação Física para a se exercitar na intensidade adequada, resta um último esforço: manter a disciplina.
- A prática deve ser regular e bem orientada por um profissional de Educação Física. O exercício gera a melhora dos níveis de saúde e qualidade de vida, mas isso depende da disciplina e do objetivo de cada pessoa - ressalta Fernando Melo, professor de Educação Física, de Curitiba, em entrevista à RPC, afiliada da TV Globo.
Por GLOBOESPORTE.COM
Parar de fumar diminui ansiedade, diz estudo
Um estudo feito na
Inglaterra com fumantes que estavam tentando abandonar o cigarro revelou que os
que conseguiram deixar o tabagismo tiveram uma diminuição ‘significativa’ de
seus níveis de ansiedade.
A pesquisa, divulgada pela
publicação científica British Journal of Psychiatry, acompanhou quase 500
fumantes que frequentam clínicas do sistema público de saúde britânico para
parar de fumar.
Os 68 dos que tiveram
sucesso após seis meses relataram ter sentido uma redução dos seus níveis de
ansiedade.
A diminuição foi mais
intensa entre aqueles que fumavam por transtornos de humor e ansiedade do que entre
os que fumavam por prazer.
Temor infundado
Os pesquisadores - vindos de
várias universidades, incluindo Cambridge, Oxford e Kings College de Londres -
afirmam que os resultados devem ser usados para tranquilizar os fumantes que
tentam parar, já que mostram que as preocupações com o aumento dos níveis de
ansiedade são infundadas.
No entanto, o estudo sugere
que uma tentativa frustrada de abandonar o cigarro pode aumentar levemente os
níveis de ansiedade entre aqueles que fumam devido a transtornos de humor.
Para aqueles que fumaram por
prazer, uma recaída não alterou os níveis de ansiedade.
O estudo foi publicado dias
depois de o governo britânico ter lançado uma nova campanha de publicidade
antitabagismo.
Fonte: BBC Brasil
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
AMIGA DO PARQUE BARIGUI - MERCEARIA BRESSER
A AMIGA DO PARQUE BARIGUI MERCEARIA BRESSER, parceira nas realizações de eventos esportivos no Parque é a única representante da região sul do país em guia mundial de gastronomia!
A MERCEARIA BRESSER acaba de ser incluída no guia “Where Chefs Eat” da editora inglesa Phaidon Press Limited. A publicação reúne restaurantes do mundo inteiro indicados por 400 chefs de renome internacional. A Mercearia Bresser foi apontada pelo Chef Edinho Engel, dos Restaurantes Amado (Salvador-BA) e Manacá (Camburi - Litoral Norte de SP), como um dos lugares em que ele gosta de comer bem. A pizzaria ganhou espaço como a única representante da região sul do Brasil. O lançamento mundial do guia acontece até o final do mês de janeiro, mas ele já está sendo vendido em algumas livrarias.
Verão com Chopp Garotinho de Boas-Vindas na MERCEARIA BRESSER
Até o mês de fevereiro, em todas as segundas-feiras a Mercearia Bresser oferece para seus clientes um Chopp Garotinho de Boas-Vindas no Batel e no Cabral. Segundo o sócio-proprietário Glauco Barranco, “a Ambev é nossa parceira desde a abertura da Bresser em 2005, sempre oferecendo um produto da melhor qualidade e na temperatura certa.” O popular Garotinho (chopp Brahma servido na caldereta de 230ml) é ideal para acompanhar as novas entradas criadas em homenagem ao verão: o Aperitivo Barigui, elaborado com massa integral, mozarela de búfala, rúcula, tomate seco e presunto de Parma; ou os Tomates do Dinho que são fatias grossas de tomates, orégano e aliche italiano.
Verão com Chopp Garotinho de Boas-Vindas na MERCEARIA BRESSER
Até o mês de fevereiro, em todas as segundas-feiras a Mercearia Bresser oferece para seus clientes um Chopp Garotinho de Boas-Vindas no Batel e no Cabral. Segundo o sócio-proprietário Glauco Barranco, “a Ambev é nossa parceira desde a abertura da Bresser em 2005, sempre oferecendo um produto da melhor qualidade e na temperatura certa.” O popular Garotinho (chopp Brahma servido na caldereta de 230ml) é ideal para acompanhar as novas entradas criadas em homenagem ao verão: o Aperitivo Barigui, elaborado com massa integral, mozarela de búfala, rúcula, tomate seco e presunto de Parma; ou os Tomates do Dinho que são fatias grossas de tomates, orégano e aliche italiano.
MERCEARIA BRESSER
Serviço:
Data: Diariamente
Horário: A partir das 18h30
Locais: Mercearia Bresser Batel (Av. Sete de Setembro, 5831 I tel.: 41 3029-0880 I Curitiba-PR) e Mercearia Bresser Cabral (Av. Munhoz da Rocha, 530 I tel.: 41 3053-0880 I Curitiba-PR)
Cartões: Diners, Master e Visa. Todos os cartões de débito.
Tem calefação, acessibilidade para portadores de deficiência, acesso wi-fi, Disk Cook Delivery e é child-friendly.
Clube de benefícios: Cartão Teatro Guaíra, Claro Clube, Advantage Club, Acesso Zero, Smiles e Multiplus.
Redes Sociais: Facebook, Twitter, Foursquare, Instagram, Pinterest, TripAdvisor
Informações: www.merceariabresser.com.br
Imagens: http://www.mediafire.com/sorttiesolcriativas
Fonte: Sorttie Soluções Criativas
Maria Amin I (41) 7814-1463 I maria@sorttie.com.br Juliana Ceccatto I (41) 8883-0194 I juckto@sorttie.com.br
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Quer emagrecer? Pratique exercícios com alguém em nível mais avançado
Performance pode melhorar até 200%
Perder peso pode ser mais fácil quando você treina com pessoas com uma performance melhor do que a sua. Segundo pesquisadores da Kansas State University, quem se exercita na companhia de alguém em nível mais avançado, tende a aumentar o tempo de treino e a intensidade em até 200%.
Estudo simulou companhia para atividade física
No estudo, os cientistas buscaram analisar se o envolvimento em uma atividade física intensa é maior quando estamos sozinhos, acompanhados ou competindo com outra pessoa. A pesquisa foi dividida em diferentes fases, que incluíam sessões solitárias na bicicleta ergométrica ou com um companheiro virtual. Os voluntários tinham a sensação de que a pessoa na tela estava próxima, mas, na realidade, era um vídeo gravado previamente. Os pesquisadores ainda informaram a cada voluntário que seu parceiro de treino havia apresentado resultados 40% superiores a ele, criando a sensação de que se tratava de alguém em nível mais avançado.
Os resultados apontam que a presença de um companheiro de equipe em nível mais avançado pode ser uma motivação verdadeira. Neste caso, a pesquisa mostrou que a intensidade dos exercícios poderia ser 90% superior. Eles também verificaram que o tempo poderia ser 200% maior quando comparado a voluntários que se exercitaram sozinhos.
Competição melhora performance
De acordo com os cientistas, a maioria das pessoas prefere se exercitar na companhia de outras pessoas e transformar o momento em uma atividade social. O esforço para ser melhor do que o parceiro de treino sempre vai ser maior do que a pessoa normalmente faria se estivesse sozinha.
Fonte: Por Renata Demôro da coluna Bem Estar da GNT
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
SONHO DE MONTANHISTA... por DAIANE LUÍSE SOUZA
DAIANE LUÍSE SOUZA, AMIGA DO PARQUE BARIGUI, tricampeã do nosso torneio de barras, é montanhista há 20 anos, atleta de esportes de aventura - escalada, corrida de aventura e corrida de montanha. Professora de Educação Física, formada pela UFPR à 11 anos, atua hoje como treinadora nessas áreas do esporte , com Experiência na áreas de musculação e treinamento funcional . Viajou a Argentina para tentar subir a maior montanha das Américas e relata aqui sua experiência.
SONHO DE MONTANHISTA...
Viver pelas montanhas é um estilo de vida. Um estilo simples e pratico de vida.
Nosso melhor passatempo? Queremos subir, ir lá em cima, nem que pra isso tenhamos que passar por algumas dificuldades que muitas pessoas dizem não entender, mas vou falar, nem a gente mesmo às vezes compreende essa magia que nos atrai para as montanhas... Mas a emoção e o prazer de realizar tal coisa supera tudo em dificuldades e prazeres simples... E não é apenas subir que me move e sim o ambiente e a forma viver a vida nesses lugares. Cada vez que volto, mudo meus conceitos de vida. Dormir na barraca, casinha pequena por 3 dias ou 3 meses, comida de acampamento, ás vezes boa as vezes nem tanto, frio de congelar seus dedos, vento de desmontar barraca, nevasca, sol, calor, brisa boa, água fresca, água de neve derretida, barraca voando, banho de gato todo dia e banho de gente uma vez por semana, dormir bem com o silencio ou dormir mal com o vento que quer te levar, dormir vendo a lua e o céu mais estrelado do mundo ao estar a 4000 m de altitude, cabelos arrumados ao vento , ao sol ou a toca quentinha...Bom, voltando a cidade e dentro da sociedade em que vivemos, estes são problemas bem simples não acham? Ao voltar da montanha vejo como na cidade complicamos a vida. Acho que ir pra montanha é fugir um pouco de tudo que nos assusta e nos dá trabalho, a vida real, e então vamos para relaxar a mente cansando o corpo. E vejo o quão pouco precisamos pra viver e ser estar feliz.
O desafio do Aconcágua é um sonho pra muitos montanhistas, uma das montanhas mais altas do mundo fora as da Ásia com suas inúmeras montanhas de 8.000m. O Aconcágua é a maior da America com 6962mts de altitude. Empolguei-me com esse desafio, enchi a mochila coloquei nas costas e fui. Relativamente sozinha, sem apoio de expedição, carregando tudo (barraca, comida, fogareiro, roupas ,etc) pois é assim que gosto de ir pra montanha, acompanhei uma amiga que estava indo também e na companhia de uma expedição. Dei um nome pro meu projeto e o chamei de Mulheres de montanha.
Infelizmente não cheguei ao TOPO DAS AMERICAS por condições fisiológicas da aclimatação à altitude, mas tive um aprendizado imenso sobre mal agudo de montanha (MAM) que pode acontecer com muitos montanhistas e que só é controlado pela estratégia de aclimatação. Tive muita dor de cabeça em determinado momento, ultrapassando minha capacidade de aguentá-la mesmo com remédio, e quando comecei a ter enjoo e tontura decidi descer, pois subir é a metade do caminho e precisaria de energia pra isso. Sintomas clássicos de MAM. Triste com a decisão, mas imensamente feliz por tudo que passei aqueles 14 dias que estive mergulhada entre as montanhas, dei meia volta à quase 6000m e comecei a descer. Chorei de emoção ao ver o visual onde estava, o corpo cansado e exausto do esforço, mochila pesada nas costas e uma alegria no coração de objetivo comprido. Experiência. Amigos novos. Visual inesquecível. Risos divertidos com os novos amigos. Meu presente pelo esforço. O interessante na montanha é que você não consegue enganar ninguém. Você é o que é. Voltei. E agora tenho a sensação que quero ir de novo... e de novo...acho que isso vicia...
Agradeço a companhia e ajuda e de todos que estiverem comigo nessa jornada...
Aqui vai um diário básico de bordo para que quiser saber como funciona uma expedição para uma grande montanha e algumas impressões minha.
08.01. Saindo de casa. 4h da manhã. 30 kg de bagagem. Roupas, equipamentos técnicos, comidas para altitude (liofilizadas que são mais rápidas), barraca, isolante, saco de dormir, fogareiro, materiais de cozinha, remédios básicos. Três semanas. Deixando a cama quentinha para uma das maiores aventuras da vida. Nem dormir direito. Trajeto: Curitiba/São Paulo/Santiago/Mendoza. Cruzaremos a cordilheiras dos Andes de avião. Já estava a 2 semanas em função da viagem, separando as coisas, organizando as mochilas. Um quebra-cabeça, visto que o melhor é viajar com pouca mala. Não esqueça o passaporte, seguro viagem que cubra esportes de aventura, Dois cartões de crédito e dinheiro. Muitos lugares na Argentina o cartão dá problema e também os lugares de montanhas não são assim tão evoluídos em maquinas, o que vale é o Money mesmo...
Chegada em Mendoza. Malas? Perdidas! Onde? Ninguém Sabe!
Chegamos 5 da tarde, uma fila imensa na entrada do Aeroporto de Mendoza e ao chegar à esteira meia hora depois não temos malas... Mas calma isso acontece... Enfim teríamos o outro dia para esperá-las mas, não mais que isso pois já iria partir no dia dez para o Cordón Del Plata - uma outra região montanhosa a 80km de mendoza, lugal excepcional para caminhar e escalar. Lá começamos nosso processo de aclimatação. Saímos então conhecer a cidade e ver como as coisas funcionam em Mendoza. A cidade é uma graça, muito arborizada e foi estruturada assim por que é uma região quente e seca. E existe um sistema de irrigação no subsolo das calçadas para as árvores, bem interessante. Fomos achar as lojas que alugaríamos as botas específicas para a altitude que iríamos enfrentar e comprar o que ainda faltava. Comprei gáz e fomos ao mercado comprar algumas comidas. A cidade é grande, mas com sistemas diferentes. Tudo fecha à tarde, sistema de horários que temos que nos adaptar – das 9 às 12h e das 17 às 21h. Deixei minha amiga Roseane no hotel e peguei um taxi até o hostel que eu estava hospedada, taxi é relativamente barato por lá e tem muitos.
09.01 Saí cedo para resolver as ultimas pendências para ir e saber informações sobre as malas. Consegui com a empresa Cordon Del plata o tranfer para vallecitos e não é sempre que eles vão até lá. É praticamente a única empresa que faz esse trajeto. Se pegar um ônibus pode ir até piedras blancas, mas vai ter que andar 14km subindo até chegar lá.(não vale a pena..) Ou conversar com alguém dos refúgios que tem lá – eu fiquei no mausy e ver com eles um contato de tranfers. Fui resolver coisas para a segunda etapa, o Aconcágua. Se vai sozinho como eu tem 2 opções – ou paga 1000 U$ de permisso para entrar no parque e não ter nada , carrega suas coisas o tempo todo, sem banheiro nos acampamentos, nem lugar pra deixar suas malas, nem lugar pra pegar água boa próximo do acampamento, ou paga 840U$ fazendo o procedimento por alguma empresa e aí paga 180U$ que inclui a mula que carrega até 60kg pra você até Plaza de Mulas, acampamento base , e utiliza a estrutura básica das empresas, banheiros, depósito , base do acampamento e água. Minha ideia era usar o menos possível as mulas e nesse trecho de 18km elas carregariam 10kg Pra mim. Deve ir na sede do parque no centro, pega um papel que paga ali do lado e volta lá e eles te entregam o papel que você deve carregar o tempo todo. As malas chegaram e tudo certo.
10.01. Saída as 8h00m com transfer para Vallecitos. Cheguei no refúgio Mausy (fiz reserva por email) e descansei nesse dia pois já tem que começar a se acostumar com a altitude. 2900mts. Organizei a mochila, tirei mais algumas coisas – A mochila parece sempre mais pesada do que vc queria, e mesmo assim lá foi 25kg.....
11.01.Saída do refugio, 9:30 da manhã dia lindo. Em direção a Veguitas, uma ótima área de camping a 3.200m mas essa eu passei direto e fui a Piedra Grande 3550mts onde caminhei com o pessoal da expedição da minha amiga Roseane. 3 horas de caminhada. Tempo estável mas a tarde fica nebuloso, venta e com tendências a chover....e choveu. Aqui já se sente a altitude e movimentos rápidos ou bruscos dão uma sensação estranha na cabeça. Depois da 13:30h começo a chover e fomos descansar. Esfriou e sair da barraca fazer xixi começa a ser parte de uma decisão importante no frio, sair da barraca... Aí começa o treinamento de alta montanha, fazer isso dentro da barraca... aqui varia de 7 a 17°C. Entre um chove-para e outro fizemos janta, curtimos o visual do fim de tarde e fomos dormir as 21h.
Ponto de partida e chegada com Vinícius Vieira,Daiane Luise Souza, Maximo Kausch, Roseane Formentie Aleomar Gallassi. |
12.01 Acordei cedo para arrumar tudo para a próxima caminhada, mas tudo com frio e altitude começa tornar-se um processo mais lento a 3500mts, mesmo que ainda não seja tão alto. Levei duas horas para reorganizar mochila, comer, desmontar acampamento... Só consegui sair as 9h. Caminhada longa, pensando em chegar rápido, pois o tempo muda de 5 a 20°C em minutos. Depois da 1 hora tranquila, começa a chuva de granizo que foi comigo até chegar no outro acampamento. Levei uma surra de bolinhas congeladas, sem chances de parar pra pegar a luva!Bom pra aprender a não deixar alguns itens básicos longe. Só consegui parar a hora que a falta de água para beber começou a apertar e eu não alcançava o mosquetão que ela estava pendurada... Fui obrigada a parar, passar um friozinho extra básico e pegar a garrafa.
Chegando próximo ao acampamento tem a subida mais difícil que se chama infernillo, bem íngreme e cheia de pedras soltas. Fico realmente com pena das mulas nessa parte. Cruzei com elas e fiquei observando. Mas enfim 3 horas depois chego ao acampamento. Tenho que abaixo de neve e granizo montar rapidamente a barraca pra me aquecer. Depois de sofrer com isso, deu 20 minutos e a neve e tempo ruim foi embora e o sol chegou...inacreditável...aqui é assim...
A 4.200 m aqui a temperatura varia fácil de 0° a 15C. A partir daqui por causa dos fortes ventos que podem ocorrer, as barracas tem que ser fixadas com pedras. Chego com dor de cabeça e preciso tomar muita água. Tomo um ibuprofeno, remedinho básico de montanhista e tento descansar um pouco. Acho que subi meio rápido por estar sofrendo com o tempo e isso me custou a cabeça. Ficar montando barraca, levantando e abaixando a cabeça também não é a melhor coisa, mas precisa ser feito. Fiz um pão com salame, dividi com 2 cães que estavam lá e ninguém sabia de quem era! Amigos cães a 4200m adorei!
A tarde 15 horas chegam 2 grandes amigos de Curitiba , Gian e Paulo máfia. Adorei vê-los e vamos nos cruzar muito pela montanha. Fui deitar cedo visto que precisa descansar e a cabeça martelando não me dava sossego. Acordei as 10 com dor. Fiz muito chá e suco e passei a noite bebendo agua e acordando a cada 2 horas. Insônia é MAM também e preciso controlar isso.
13.01. Fiz chá as 6:30 da manhã, acompanhei o sol nascer e fiquei tentando recuperar a cabeça. Comi e fui tentar descansar mais um pouco visto a noite turbulenta. Almocei com o pessoal da expedição. Trabalho mental aqui é total. Tudo tem que ser feito devagar e sem pressa. Aliás um aprendizado constante pra se adaptar a vida de montanha. 18h o tempo ainda estava estável, mas virou, nevou e cobriu minha barraca. Tomei tanta água que mal cabe comida na barriga. Os cães passam o dia aqui com a gente. À noite depois das 22h o céu se mostrou o mais estrelado que eu já vi na vida.
14.01. Dia lindo amanhecendo e arrumo a mochila, partindo pra hoyada. Estou melhor com uma leve dor de cabeça. Caminho 2 horas e meia e chego em hoyada. Lindo esse trecho. O lugar é rodeado pelas montanhas, ficamos bem no meio desse vale. Vemos vários cumes inclusive o que subiremos o Vallecitos que tem 5500m. Chego junto com os amigos de uma expedição, pessoas essas que fizeram parte do meu dia a dia e adorei tê-los conhecido. É uma delícia fazer novos amigos. Cansada, espero uma horas pra me recuperar da subida e arrumo a barraca. O lugar é meio ruim de espaço, cabem bem 8 a 10 barracas, mais já fica com poucos lugares bons. Dormir cedo pois nesta madrugada é o ‘ataque ao cume”. Deixo a mochilinha pronta, com cimida agua primeiros socorros e tento descansar. O tempo piora e neva muito.
Mesmo assim, às 5 da manhã saímos após a neve dar uma trégua. Aos 5000 algumas pessoas da expedição desistem, bota incomodando no pé, dores de cabeça, e como é programa de adaptação pro aconcágua resolvem não ficar sofrendo demais e descem, pois chegar a 5000m foi um bom caminho pra isso. Eu e mais três pessoas continuamos e conseguimos chegar ao cume. Fui ao meu limite da dor de cabeça. O processo continua com enjoo, moleza nas pernas e aí vai só piorando... Mas fui até onde deu e fiquei feliz. Descemos rápido, pois o tempo piorava a cada minuto e chegamos as 2 da tarde na base. Morta de cansada fiz comida e fui dormir realizada.
16.01. Arrumei tudo e comecei a descer. Queria chegar rápido por que ainda tinha que organizar minha volta pra mendoza pois não sabia como ia ser. Falei com a Vanessa do refugio pra tentar um transfer, mas não consegui. O único queria me cobrar muito caro pra andar 14 km de estrada de chão e me deixar no ponto de ônibus. No fim fiz esse trajeto a pé em 2 horas e peguei o ônibus por 16 pesos. Pedi ao pessoal da expedição que levasse minha mochila grande e fiquei com a pequena. Diversão solitária garantida, fui sozinha andei peguei o busão, choveu no caminho e alagou o ônibus!!! Enfim aproveitei que parei na rodoviária e comprei a passagem pra penitentes, 36 pesos, que era o lugar que tinha que deixar o dufel para a mula levar pra mim pra base do aconcagua. Depois eles me levariam até a entrada do parque de van. Cheguei peguei um taxi pra ir ao hotel pegar a mala. Ok. Chego ao hostel depois disso e não tem vaga pra mim. Lá vou eu atrás de outro hostel. Consigo no mais legal e perto do hotel do pessoal da expedição que fiz amizade e que tem uma grande amiga lá. Hi hostel independência. Correria à parte fui dormir cedo pois tinha que organizar agora tudo pro Aconcagua.
17.01. Saímos cedo com a amiga roseane trocar botas, comprar umas comidinhas, comprar gáz, pegar permisso do parque, lavar roupa. Fui na net dei notícias e fui arrumar mala.
18.01 Enfim saída pra grande montanha. As 6 da manhã saia meu ônibus. Mal dormi. Cheguei 11 horas ao local onde deixaria a mala da mula (não bem o que eu queria mas tive que mandar essa por ela pra acompanhar minha amiga). Esperei os novoa amigos e fomos juntos ao parque começar a caminhar. Passamos pelo processo de entrada, ganhamos nossa sacolinha de lixo que se não trouxer de volta dá multa. Começamos a caminhada. 3 horas. É tudo diferente e lind .Visual árido e colorido. Dormimos em confluência 3500m. Amanhã já partimos pra Plaza de mulas mais 18km.
19.01 Saí as 10. È difícil sair mais cedo visto o frio e toda a arrumação que tenho que fazer. Desmontar barraca, guardar tudo, aquecer água. Caminhada lenta e tranquila, o dia tá lindo e nos resta curtir o visual com um pouco de esforço físico. Minha mochila deve estar com uns 25kg. As últimas duas horas de caminhada são as mais difíceis pois esfriou e tem muita subida íngreme. Cheguei às 18h. Fiz um super jantar e fui conversar com o pessoal da expedição pra dar umas risadas. Eu sou uma tagarela e preciso de pessoas!!! Fim do dia de hoje e amanhã é pra descansar e se aclimatar. Tomar muita água pois amanhã vou na médica ver como anda meu corpo.
20.01. Dormi bem, até as 10 e fui á médica. Saturação 86%. Em confluência estava 96%. Isso é um dado importante na altitude. Pressão arterial normal. Sinto-me bem. Espero continuar assim. Hoje arrumar mochila e comidas, ver o que fica na base e começar a parte mais difícil, subir pra 5000m onde as coisas mudam muito, a altitude cobra seu preço e onde a natureza mostra sua capacidade ser boazinha ou muito radical. Venta muito e neva aqui. A previsão é de tempo ruim mais 3 dias e de janela de bom tempo é pra dia 24 e 25 mas depende dessa tormenta que está vindo...Mas é o que temos pra agora e infelizmente não podemos passar o mês aqui esperando o melhor dos dias. Noite fria, 0° C e vai piorar....
21.01. Hoje muita neve e frio. -5. Quase desisto ao olhar pra fora da barraca. Mas vou lá. Organizo tudo rápido, a barraca encharcada e embalo tudo assim mesmo. Saímos quase 10 horas. Muita nevasca na cara e muita coragem junto. Andamos por 9 horas. Chegando próximo a Nido de Condores, nosso acampamento, o visual das montanhas se abre em meio a toda aquela nevasca, nos presenteando ao final da jornada. Choro. Não me contenho, como vários da expedição que acompanho. Ficamos mais sensíveis na Montanha. Interessante. Acho que meu esforço pra estar ali foi tão grande, eu estava tão cansada, que ao olhar aquela imensidão da natureza, o poder dela, o fato de ser umas das poucas pessoas que tem o privilégio de estar vendo aquilo, mexeu muito comigo e chorei como uma criança, mas com uma alegria imensa no coração que não cabia dentro de mim e tive que por para fora. Valeu a viagem ali. Estava com muita dor de cabeça, mas cada passo que dava me sentia feliz e realizada. 1300m de desnível que me foram cobrados depois de 2 dias. Armei a barraca, fiz água com a neve num esforço descomunal pois mal podia pensar de tanta dor de cabeça e enjoo da atitude. Tomei remédio comi e fui dormir as 8h da noite. Que disse que dorme? Taquicardia até o corpo se acostumar e muita insônia. Noite bem cara essa, mas isso é normal e pode ser que seu corpo se a ou não. Ali era a linha tênue de progredir ou não dependendo do corpo.
22.01 Dia de descanso em Nido de condores. Muita água pra tentar me aclimatar melhor mas ainda com dor de cabeça. Aquilo foi me preocupando. Minha saturação baixa, 63% me preocupava. No mínimo teria que estar com 75 pra mais. Não tinha mais nada de sensações de MAM (mal agudo de montanha) só ela. Comi bem me hidratei o que pude. O problema é que nessa altitude a recuperação do corpo é lenta. Acho que errei na estratégia de aclimatação e isso acontece. Estou conhecendo meu corpo ainda com relação a altitude. Pra mim uma grande experiência. Fico apreensiva. A noite continuo ruim e peço ajuda ao guia da expedição da Roseane. Ele me dá um remédio diurético que ajuda a diminuir a pressão arterial e diminuía dor, ajudando o corpo a se recuperar. Demorei dormir mas acredito que vou acordar melhor.
23.01. Ok acordo melhor, saturação 80%. Sem dor. Arrumo tudo e parto com a expedição da minha amiga Roseane. Caminhamos muito devagar, El viento Blanco continua pelo 3º dia, vento forte que com a neve leve voando não se vê nada. Começamos subindo bem devagar com outras expedições, pois a neve estava muito alta altitude aumentando e com mais neve o esforço é maior ainda. Fila indiana, começamos. Depois de 30 minutos começou a dor de cabeça. Consegui progredir por mais 30 min e tive que decidir. A decisão mais difícil para um montanhista mas dentro de uma realidade já esperada. Desci ainda meio enjoada e com dor, cheguei em Nido . Peguei o que tinha deixado ali , encaixei na mochila e desci rapidamente pra melhorar logo. 1 hora e meia depois chegiei em Plaza Canadá, descansei ,comi e desci. Mais 2 horas e chegava em Plaza de mulas . ui direto ao médico, fiz testes e exames e fui liberada. Descansei fiz comida e fui dormir 21h.
24.01. Como estava bem e aclimatada mas iria mais subir, fui ao Cerro Bonete 5005m. Sai com sol lindo voltei com chuva de mini granizo. Valeu a caminhada, o visual do Aconcágua fica lindo. Torci pela expedição da minha amiga para que todos voltassem bem.
25.01. Fiquei na base organizando as coisas para a volta no outro dia, secar barraca e tudo que tinha dentro dela, pois a neve molhou tudo. As 4 horas os amigos da expedição chegaram, todos bem mas muito desgastados , mas também não puderam ir até o cume pelo frio e vento, o tal do viento Blanco (floquinhos de neve leve que com a velocidade do vento voam alto....)
26.01. Pego minha grande mochilinha (agora na volta ela está com tudo então está grande ) e começo a descida ouvindo música e, curtindo o visual da minha jornada até o final, saída do parque.
27 e 28.01 Aproveita-se Mendoza que é uma cidade interessante, uma grande produtora de vinho e Agradeço de estar de volta para aproveitar novas montanhas e agradeço aos amigos novos que fiz a grande companhia e alegria de dividir momentos tão especiais!
Para apoiar a Daiane, ver mais fotos deste último desafio e obter maiores informações sobre seu novo projeto de Aventura (ultramaratona - 100km) entre em contato: E-mail: daianeluise@hotmail.com - Fone: (41) 91546387 e facebook: Daiane Luíse Sousa.
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