domingo, 12 de abril de 2009

Chocolate ou exercícios?

Juntamente com batatas, abacate e milho, os americanos deram o chocolate ao mundo. Quando o conquistador Cortez veio ao México e perguntou sobre tesouros, foi levado às montanhas onde eram estocados os caroços do cacau. Ele deveria ter explicado que estava se referindo ao ouro.

Os Maias, e posteriormente os Astecas, acreditavam que o cacau era o alimento dos deuses. Eles torravam os caroços do cacau e então o esmagavam para transformar em pasta. Essa pasta era misturada com temperos, pimenta e aromatizantes, diluída com água, e então bebida ou usada para fazer bolos. Eles usavam o chocolate para obter vigor e força durante as cerimônias religiosas e como afrodisíaco. Cortez experimentou o chocolate e gostou. Depois de retornar à Espanha, em 1527, ele ficou conhecido por manter um pote cheio de chocolate sobre sua mesa.

Freiras cristãs em missão na América Central acreditavam que os poderes diabólicos do chocolate eram devidos à pimenta e temperos, então elas os substituíram por baunilha, açúcar e creme com resultados deliciosos.
Por volta de 1660, as casas de chocolate estavam em voga na Grã Bretanha e a bebida era popular nos círculos da corte francesa. Numa carta datada de 11 de Fevereiro de 1671, a Marquesa de Sevgine aconselhou sua filha a beber chocolate caso não tivesse dormido ou não estivesse sentindo-se bem. Quando depois a sua filha ficou grávida, ela culpou o chocolate porque a Marquesa de Coetlogon, que ficou famosa por beber quantidades exageradas de chocolate durante a gravidez, deu a luz a um bebê negro. (A cor da pele do bebê foi atribuída ao chocolate e não ao jovem escravo africano que servia a bebida.)

Chocolate contém feniletilamina, um estimulante e anti-depressivo similar, em composição e ação, à epineprina e anfetaminas. Isso explica porque o bom chocolate tem características viciantes e de elevação do humor.
Feniletilamina é fabricada em nosso cérebro da tirosina, um elemento de proteína. Níveis de feniletilamina e seus metabólicos são geralmente baixos nos fluidos biológicos de pessoas com depressão. O comportamento das pessoas com depressão de procurar por chocolate pode ser uma forma inconsciente de auto-medicação.


Chocolate e exercícios têm algo em comum! Pesquisas preliminares têm descoberto que exercícios aumentam os níveis de feniletilamina.
O termo "barato do corredor" foi cunhado para descrever a euforia experimentada depois de uma sessão de exercícios. O conhecimento aceito é que isso é devido ao aumento dos níveis no sangue de opiates naturais, chamados de endorfinas. Porém, nos últimos 15 anos, a comunidade científica tem debatido se as endorfinas são responsáveis por este "barato do corredor". Endorfinas não parecem cruzar a barreira do sangue no cérebro. Também, quando elementos químicos são administrados para bloquear a ligação das enforfinas com seus receptores, corredores ainda assim experimentaram o subjetivo "barato".
Pesquisadores britânicos talvez tenham resolvido o enigma. A ligação entre exercícios e boa saúde mental está bem estabelecida. Eles sugeriram que a feniletilamina, a qual pode cruzar a barreira de sanguínea no cérebro, poderia ser responsável pelos benefícios psicológicos do exercício.
Numa primeira examinada na questão, eles fizeram vinte, homens jovens e saudáveis, acostumados a exercícios regulares, correram numa esteira a 70% da sua freqüência cardíaca máxima por 30 minutos. Os níveis de feniletilamina metabolizada na urina tiveram um aumento médio de 77%. Um indivíduo experimentou o aumento de 572%. Ele deve ter ficado exultante!

Os resultados certamente são interessantes. Entretanto esse é apenas um estudo, de modo que nenhuma conclusão definitiva pode ser feita. É preciso que mais pesquisas sejam realizadas sobre a variabilidade individual e como a duração e intensidade dos exercícios afetam os níveis de feniletilamina.

No lugar das drogas, exercícios estão cada vez mais sendo prescrevidos para a saúde física em mental e usados para levantar o humor. Os exercícios físicos podem ajudá-lo a diminuir o consumo de chocolate também.

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