terça-feira, 26 de junho de 2012

AMIGA DO PARQUE BARIGUI - REAH VALENTE


Dos cenários mais incríveis em dois hemisférios ao seu novo cantinho aqui no Brasil. A Amiga do Parque Barigui Reah Valente passou 11 anos entre Japão, Nova York e Los Angeles. Fez sucesso, montou uma turnê internacional, mas só agora – com três discos autorais e uma bagagem musical que passeia pelo pop rock alternativo - ela estreia em sua língua-mãe com o CD “Cenários”.

Nada mais justo, já que foi aqui no Brasil que, ainda criança, Reah se emocionou ao ouvir Have you Ever Seen the Rain do Creedence Clearwater revival, começou a tocar violão e cantar suas próprias melodias.

Foi para o Japão aos 18 anos. Assim que terminou o curso de cultura e história japonesa deu mais atenção ao que até então era apenas um hobby: a música. Ao se apresentar na noite de Tokyo, ganhou uns trocados e um convite de uma gravadora independente. “Você tem músicas próprias?”, perguntaram. Reah – como os americanos a chamavam por não conseguirem falar Renata corretamente - teve que escolher algumas músicas entre as 80 já compostas. Mostrou-as ao violão para os produtores e foi contratada.

Seu primeiro disco, Certain Relativity, traz canções escritas durante sua adolescência. O talento na composição, o conhecimento musical e a voz potente fez do disco um sucesso no sul do Japão. Chegou a fazer três shows por dia, com direito a perseguição dos fãs na rua. E quando se viu na posição de cantora, chorou de emoção. Era hora de encarar: a música a sequestrara para sempre.

Inquieta, foi parar em Nova York em 2006. Chegou até a tocar bateria na banda punk Tied for Last – e, de quebra, se apresentou no berço do punk, o hoje extinto CBGB. Da Big Apple, foi buscar um novo horizonte musical nas boulevards de Los Angeles, onde conheceu os produtores Paul Foxx (Bjork, Wallflowers) e David Cobb (Rock N’ Roll Soldiers, Chris Cornell), que trabalharam no segundo disco, o EP My Way Back Home. Com o disco nas costas, tocou no Whiskey a Go-Go, lendária casa onde The Doors se apresentou no início de carreira, e em Nova York, em uma mini turnê.

No meio dessas viagens, compôs o terceiro disco, Psychedelic Cinema. Pela primeira vez na produção, Renata fez um disco analógico, cheio de riffs e clima setentista. O disco virou figurinha fácil no iTunes e em podcasts de músicas alternativas na internet, como o do blog CDBaby.

A volta ao País de origem se tornou, aos poucos, o próximo passo a ser dado. Assim que aqui chegou, no finzinho de 2010, conheceu o produtor Rique Azevedo. A vontade de criar algo mais simples, sóbrio e direto aflorava emoções e fez surgir uma nova nuance na cantora: a de uma música mais simples e pop. O resultado veio em 10 canções cantadas em português (com exceção de Falling Out of Love).

Como um ciclo que se encerra - ou se inicia, dependendo do ponto de vista - todo o talento e sinceridade que rodou e encantou o Japão e os EUA, pode, enfim, se conectar e dialogar em português.
Biografia
Nem sempre a história se repete. A carreira dessa jovem cantora de 29 anos, natural de Maringá (PR), fugiu de todos os clichês. Foi como se sua relação com a música tivesse se imposto por acaso. Já o amor com essa arte, essa sim, se desenvolveu bem cedo. Quando criança, a ainda Renata Valente fuçou nos discos do pai e, entre um Chico Buarque e um Beatles, se emocionou ao ouvir pela primeira vez a música “Have you Ever Seen the Rain”, do Creedence Clearwater Revival. O ouvido foi se acostumando e a pequena Renata saía pela casa, batucando pelos cantos, cantarolando suas próprias melodias e tocando sua guitarra de vassoura em bandas imaginárias. Aos 9 anos, era natural para ela começar a compor e aprender violão.

Ao viajar para o Japão aos 18 anos para fazer um curso de cultura japonesa e história, sentiu-se perdida em relação ao que realmente gostaria de ser. A música lá era um hobby, que acabou rendendo uns trocados ao se apresentar na noite tocando covers. Em uma dessas apresentações, foi convidada por uma gravadora independente para fazer um teste. Porque não? “Você tem músicas próprias?”, perguntaram. Reah – como os americanos a chamavam por não conseguirem falar Renata corretamente - teve que escolher algumas músicas entre as 80 já compostas. Mostrou-as ao violão para os produtores e foi contratada.

Seu primeiro disco, Certain Relativity, traz canções escritas durante sua adolescência e já mostrava que de jovem ingênua Renata não tinha nada. O talento na composição, o conhecimento musical e a voz potente fez do disco um sucesso no sul do Japão. Reah Valente trouxe um frescor pra cena roqueira na região. Chegou a fazer três shows por dia, com direito a perseguição dos fãs na rua. Quando ela se viu na posição de cantora, chorou de emoção, sem acreditar. Era hora de encarar: a música a sequestrara para sempre.

Inquieta, foi parar em Nova York em 2006. A experiência na Big Apple, onde a música emana em cada esquina, instigou Reah. Chegou até a tocar bateria na banda punk Tied for Last – e, de quebra, se apresentou no berço do punk, o hoje extinto CBGB. Reah conheceu músicos e produtores, entre eles Red Spyda, que já produziu trabalhos de Lil’ Kim e 50 Cent. Um contato levou ao outro e ela foi em direção a Los Angeles.

Por entre as boulevards, conheceu os produtores Paul Fox (Bjork, Wallflowers) e David Cobb (Rock N’ Roll Soldiers, Chris Cornell), que trabalharam no segundo disco, o EP My Way Back Home. Com o disco nas costas, tocou no Whiskey a Go-Go, lendária casa onde The Doors se apresentou no início de carreira, e em Nova York, em uma mini turnê.

No meio dessas viagens, compôs o terceiro disco, Psychedelic Cinema. O nome saiu de um sonho, como se seu íntimo clamasse pela liberdade artística dos anos 70. Com solos de guitarra, reverbs, experimentação e um delicioso clima psicodélico, Renata se dedicou nas muitas horas de produção e decidiu fazer um disco analógico. Psychedelic Cinema virou figurinha fácil no iTunes e em podcasts de músicas alternativas na internet, como o do blog CDBaby Aos 26 anos, Reah já tinha 3 discos autorais, canções sobre sua existência e uma bagagem musical que passeia tranquilamente no pop rock alternativo.

A volta ao País de origem se tornou, aos poucos, o próximo passo a ser dado. Reah Valente chegou ao Brasil em novembro de 2011 e, de cara, conheceu os produtores e parceiros Rique Azevedo e Pedro Rangel. A vontade de criar algo mais simples, sóbrio e direto aflorava emoções e fez surgir uma nova nuance na cantora. O resultado veio em 10 canções cantadas em português (com exceção de Falling Out of Love). Mixado e masterizado por João Milliet, e gravado na Cada Instante Produções, “Cenários” terá lançamento em maio.

Como um ciclo que se encerra - ou se inicia, dependendo do ponto de vista - todo o talento e sinceridade que rodou e encantou o Japão e os EUA, pode, enfim, se conectar e dialogar em português.

Discos
Certain Relativity (2005)
Gravado no Japão em 2004 e lançado em 2005, Certain Relativity foi produzido por Imai Ichiro e traz 8 músicas – canções que Reah vinha escrevendo ao longo da adolescência. As frustrações e as alegrias são compartilhadas com uma pegada pop e a voz potente. A vontade de ir além de um gênero já desponta e o disco ainda traz uma pequena pérola, que bem poderia ser do grupo Pizzicato Five, You Make me Angry With Your Sympathy.

My Way Back Home (2007):
A mudança para os Estados Unidos produziu ondas mais inspiradas no underground. Este EP com 4 músicas foi gravado em Los Angeles em 2006 e lançado em 2007. O álbum ganhou a produção cool e antenada de Paul Foxx (Bjork, Wallflowers) e David Cobb (Rock N’ Roll Soldiers, Chris Cornell).
Psychedelic Cinema (2009)
Ainda em Los Angeles, Reah acordou de um sonho com a vontade de flertar com o clima, os acordes e um pouco da psicodelia dos anos 70. Pela primeira vez na produção de um disco, Reah trabalha em arranjos de sopros e, principalmente, metais. O disco tem uma cara de jazz fusion, graças à gravação em analógico. Ganhou destaque ainda no CDbaby, um dos principais sites sobre música alternativa, e foi recomendado nos podcasts do gênero.
Cenários (2012)
O quarto trabalho de Reah Valente não é um disco de rock alternativo. Tampouco é um disco convencional de pop. A vontade de criar algo simples e sóbrio, um pouco mais direto, encontrou no Brasil os produtores Rique Azevedo e Pedro Rangel. Mixado e masterizado por João Milliet, o disco foi gravado na Cada Instante Produções e tem 10 músicas, que vieram sem pensar muito, como se um fluxo de emoções guardado fosse liberado com força na sua volta ao País. Pode ter sido a troca do idioma – fato é que todo o talento e sinceridade que conquistou o Japão e os EUA podem, enfim, dialogar com seu público em português.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Olá..
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