O Curitibano JURACI MOREIRA radicado em Campinas é um dos ícones do triathlon brasileiro. Desde que a modalidade foi incluída nos Jogos Olímpicos, ele representa o Brasil. Até agora foram três participações, em Sydney 2000, Atenas 2004 e Beijing 2008, onde foi o melhor latino-americano, na 26ª colocação. Sua estréia no triathlon foi em 1994, no Troféu Brasil de Triathlon, desde então vêm acumulando muitas conquistas, incluindo a medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos do Rio 2007, um dos grandes momentos de sua carreira.
Nos planos para o futuro, a prioridade continua sendo a medalha olímpica e a meta é estar em Londres 2012. A confiança é total, tanto que já deixou espaço em seu braço esquerdo para a quarta tatuagem, a do símbolo dos próximos Jogos. Ele já tem tatuados os símbolos de Sydney e Atenas no braço direito e de Beijing no esquerdo.
A "corrida" pela vaga começou em 2010 através das provas do Circuito Mundial, onde a pontuação somada em cada prova é acumulada dentro de um ranking olímpico que só é encerrado em 2012, onde os 55 melhores atletas desde ranking estarão aptos a estar na olimpíada de Londres. Juraci Moreira nasceu em 02 de maio de 1979 na cidade de Curitiba, no Estado do Paraná - Brasil. Incentivado pelo pai, que ia ao clube nadar, teve o seu primeiro contato com as piscinas, aos nove anos de idade. Entrou na equipe de natação da Sociedade Thalia de Curitiba e, após três anos de treinos recreativos, sua professora vendo seu progresso rápido, o aconselhou a procurar um clube mais tradicional em formar atletas para competição. Chegou então ao Clube do Golfinho e competiu até os 14 anos somente com a natação. Mas vendo alguns triatletas que já treinavam no clube, Juraci se interessou pelo triathlon, passando a somar mais dois esportes à sua rotina de treinos, o ciclismo e a corrida. Ainda aos 14 anos de idade e logo na sua estréia, Juraci obteve a quinta colocação em sua categoria, no Troféu Brasil de 1994. Completou a distância short triathlon (750m de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida) em 1 hora e cinco minutos, tempo que surpreendeu a todos e, principalmente, o seu treinador de natação Homero Cachel, que imediatamente o fez ir de vez para o triathlon.
Até os 18 anos, Juraci competiu como atleta amador, conquistando os títulos nacionais em todas as categorias que passou. Ainda aos 18 anos competiu pela primeira vez como profissional, pouco tempo depois, aos 19, se tornou o mais novo campeão brasileiro profissional de triathlon de todos os tempos.
De lá para cá, Jura, como é conhecido pelos amigos, se estabeleceu como um dos melhores triatletas do país, tendo representado o Brasil em três olimpíadas consecutivas e em todo Circuito Mundial organizado pela ITU (International Triathlon Union).
Principais resultados:
Medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro 2007, Pentacampeão Brasileiro de triathlon, Campeão do Mundialito de Fast Triathlon 2008 e 2009, 3º lugar na Copa do Mundo do Japão 2002, Campeão dos Jogos Sul americanos da Argentina 2006, Atleta mais jovem a disputar o Triathlon nas Olimpíadas de Sidney 2000, atleta olímpico em Sidney 2000, Atenas 2004 e Beijing 2008, Campeão do Triathlon Internacional de Portugal, Guatemala, Argentina, México, Equador, Chile e Quênia.
Jura confirma presença neste domingo na Argentina
Após um final de temporada muito bom, de recuperação, em busca da vaga à quarta olimpíada seguida, o triatleta brasileiro Juraci Moreira (Novac Sports/Asics) volta a competir neste domingo (15), na Argentina. Ele será um dos destaques no La Paz ITU Triathlon Pan American Cup, onde já foi o terceiro em 2008 e ano passado ficou em quinto, numa disputa marcada por fortes chuvas e alagamentos.
Novamente Jura competirá na superação, porque logo no início do ano sofreu uma inflamação por fricção nos tecidos ântero-mediais do joelho esquerdo, atrapalhando seu trabalho de base. “Mesmo com a lesão e com os treinos bem prejudicados, tenho a necessidade de competir em La Paz para buscar alguns pontos e me manter na briga”, afirma o triatleta do EC Pinheiros e beneficiado com a Lei de Incentivo ao Esporte.
“Vou para o sacrifício e espero fazer a prova, sobretudo a corrida sem muitas dores”, acrescenta Juraci, agradecendo o trabalho dos médicos Moisés Cohen, Abdalla Skaf, Wilson Mello, Gustavo Magliocca e aos fisioterapeutas Juliano Xidieh e Rodrigo Vasconcelos. “Uma equipe muito competente, que está me deixando animado. O primeiro exame mostrou lesão no menisco e foi desespero, mas o diagnóstico foi descartado, após uma melhor análise e estou confiante”, elogia.
Ele também ressalta que após a prova argentina, o trabalho de recuperação será intensificado e a expectativa é que até o próximo compromisso, a etapa de abertura da Copa do Mundo, na Austrália, o problema esteja solucionado. “Terei 70 dias até a prova e quero voltar à forma que preciso para conquistar a vaga. Comecei a sentir essa dor no joelho na minha pré-temporada em Portugal, em dezembro. Desde então venho tentando me recuperar, mas as dores me impediram de manter os treinos de corrida”, comenta.
Na prova de La Paz, Juraci conta com a experiência de já ter atuado várias vezes no percurso. “O principal fator pode ser o calor, esperado em torno de 35 graus. Muitos atletas quebram e o que mais resistir vence. É uma disputa tradicional e a torcida dos argentinos por nós, brasileiros, é muito grande, indo contra aquela famosa rivalidade entre os dois países no esporte”, afirma. “Vou para tentar completar entre os 20 primeiros, zona que pontua, pois estarei em desvantagem, sem correr 40 dias. Mas tenho de largar e fazer o meu máximo, pensando na Olimpíada”, acrescenta.
Depois de La Paz, Juraci já tem definido o calendário de provas para pontuação no ranking olímpico. Ele volta a competir no dia 25 de março em Mooloolaba, na Austrália; dia 15 de abril, em Sydney, também Austrália; dia 22 de abril em Ishigaki, Japão; 7 de maio, em Huatulco, México; na sequência, dia 13, em San Diego, nos Estados Unidos; e dia 27, em Madrid, Espanha (evento final de qualificação).
FONTE: Site do Juraci e CBTri
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