Curitiba, mais uma vez, é citada como modelo de “economia verde” pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). O conceito – preconiza desenvolvimento com baixa queima de carbono, eficiência no uso dos recursos e inclusão social – é um dos temas eleitos pela ONU para a Rio+
Para o encontro, a ONU está reunindo experiências que podem servir de referência e solução para o que chama de transição para o desenvolvimento sustentável baseado na economia verde e no respeito ao meio ambiente. Nesse contexto, Curitiba é citada como modelo de políticas de transporte sustentáveis e pelos investimentos em infraestrutura na preparação para uma "cidade verde".
O porta-voz do Pnuma, Nick Nutall, lista as “políticas de transporte sustentáveis de cidades como Curitiba” como um dos “muitos exemplos sinalizando que a transição está em andamento". Como referência, ele aponta ainda o “crescimento das energias renováveis na Alemanha, na China ou na Índia, a propagação acelerada da agricultura orgânica e sustentável em Uganda e Argentina”.
Referência - Ainda em relatório divulgado em novembro, a ONU e o Pnuma já apontavam Curitiba como referência em sustentabilidade urbana, transporte e meio ambiente. No estudo “Rumo à Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza”, a capital do Paraná é citada como referência de "cidade verde" e como a capital com a maior utilização do transporte público do Brasil.
“No momento em que o mundo se volta ao desafio da sustentabilidade urbana e ambiental, Curitiba, mais uma vez, serve de referência em temas que vão balizar os debates mundiais em torno do desenvolvimento e que serão o foco da Rio + 20. Nossa cidade evolui com base no planejamento que tem como referência as pessoas”, disse o prefeito Luciano Ducci.
De Curitiba, a ONU destaca a política de integração do uso do solo ao transporte; o pioneirismo na implantação dos ônibus em canaletas exclusivas, que originaram o sistema dos BRTs (Bus Rapid Transit), os investimentos em infraestrutura na preparação para uma "cidade verde" – a capital do Paraná é listada ao lado de Copenhagen, Oslo, Amsterdã, Madri, Estocolmo, Vancouver e Portland -; e o programa Câmbio Verde, de troca de materiais recicláveis por alimentos, como prática de sucesso.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considera que a economia verde “desafia o mito de que economia e meio ambiente não se relacionam". "Com políticas públicas inteligentes, os governos podem fazer crescer suas economias, gerar emprego decente e acelerar o progresso social de forma a manter a pegada ecológica da humanidade dentro da capacidade do planeta.”
Planejamento - No relatório, o Brasil aparece como um bom exemplo na área de planejamento urbano, sobretudo com as iniciativas implantadas
A pesquisa, envolvendo centenas de especialistas, confirma que investimentos de 2% do PIB global em dez setores-chave da economia bastariam para fazer a atual economia poluente e ineficiente em uma economia verde.
Achim Steiner, diretor-executivo do Pnuma, afirma que a Rio+20, é mais uma oportunidade para ampliar o conceito de economia verde. “Um novo indicador de riqueza vai além do PIB e internaliza os custos da poluição e degradação ao trazer o verdadeiro valor da natureza, com base em cálculos que nos levam a um caminho de sucesso e economicamente sustentável.”
Fonte: JMA-Jornal Meio Ambiente
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