terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Veja as lesões mais comuns em atletas de final de semana

Atletas de fim de semana
devem ter mais atenção e não exagerar
Foto: Donata Lustosa/ www.webrun.com.br

As lesões na corrida não são exclusivas dos atletas de alto nível ou amadores, elas afetam também a parcela da população que pratica atividade física apenas no sábado e/ou domingo. Essas pessoas são conhecidas como: atletas de fim de semana.
Quem nunca se deparou com uma pessoa que fala que pratica esporte, mas quando indagamos qual atividade física ela faz a resposta é: ando todos os fins de semana no parque, passeio com o cachorro, corro por 30 minutos aos sábados e domingos, entre outros? É provável que essa pessoa reclame na segunda-feira de dores musculares, ou então sinta dificuldade em andar e agachar, além de sentir a perna “pesada” e “dura”. Pelo menos, na minha prática clínica, ouço isso todos os dias.
Atualmente muito se fala sobre as lesões musculares de atletas de alto nível, ou então de profissionais e amadores que correm sem uma equipe de apoio, formada por fisioterapeutas e médicos que possam orientar o atleta no caso de contusão. Mas dentro desse quadro a pior situação é do atleta de fim de semana, já que ele deve tomar mais cuidado, porque a falta de treinamento o expõe a lesões ainda mais complicadas.
E quais são as lesões mais comuns em atletas de fim de semana?
Luxação: é a separação ou deslocamento das partes ósseas numa superfície articular ou perda completa da superfície de contato entre os ossos de uma articulação. O ombro é a articulação mais comum de acontecer este tipo de lesão e este é usado em esportes como vôlei.
Tendinite: resposta inflamatória a um micro-trauma de um tendão. Esse mal é mais comum em atletas que fazem esforço físico repetitivo. Em atletas de corrida é comum acontecer a famosa tendinite patelar (ou joelho de corredor como alguns chamam). Acontece por falta de alongamento, fortalecimento muscular e ausência de orientação nos treinos.
Contusão: é uma escoriação. Geralmente decorre de pancadas e batidas. Ela depende do grau do impacto para diagnosticar como leve, moderada ou grave. No futebol a contusão é algo bastante freqüente.
Entorse: lesão articular que ocorre quando o movimento numa articulação excede a amplitude normal do movimento, ocorrendo um deslocamento súbito da articulação. Os mais comuns são entorses no tornozelo e no joelho. Na grande maioria das vezes ocorre uma lesão ligamentar associada e dependendo do entorse “pode“ ocorrer uma fratura por avulsão.
Distensão muscular: nome comum para uma ruptura de fibras musculares ou do tecido fibroso do músculo, geralmente causado por um esforço muito grande ou por estresse muscular. Também chamado de estiramento muscular. Muito comum em jogadores de futebol, vôlei, basquete e atletas de corrida.
Ruptura de tendão ou ligamento: O joelho é o campeão deste tipo de lesão. Fortalecimento muscular e alongamento ajuda na prevenção destas lesões.
Fratura: os ossos de pessoas sadias se tornam mais densos e fortes quando submetidos à pressão constante, por isso, pessoas ativas que fazem exercícios com regularidade, têm menos probabilidade de fraturas. Tanto os atletas de fim de semana, quanto os atletas profissionais, podem apresentar fraturas por estresse. Causada por excesso de treinamento (overtraining) ou fraqueza muscular.
Hoje em dia, o atleta profissional sofre com a carga de treinamentos e o atleta de fim de semana sofre com a falta de condicionamento físico, que é um fator de sobrecarga diária que compromete o rendimento e potencializa a lesão. O fisioterapeuta trabalha, justamente, neste aspecto, com terapias que possam prevenir uma possível lesão. É de suma importância ter profissionais como nutricionistas, psicólogos, médicos, fisioterapeutas e educadores físicos em uma equipe de alto nível ou até mesmo na assessoria com a qual você treina.
Se a prevenção não foi feita o jeito é recuperar. Para isso o atleta e até aquele de fim de semana terá que ficar afastado dos treinos e das atividades físicas. Treinamentos estes não só o de corrida, mas sim o de musculação e os complementares, tais como natação e bike. Neste momento, é aconselhável uma carga adequada de fisioterapia que ajude o atleta na recuperação. Fique atento e bons treinos!
Por: David Homsi - Consultor Webrun da seção Fisioterapia. Ministra cursos e palestras em diversas universidades e congressos no Brasil. Fisioterapeuta com experiência internacional e especialista em fisioterapia esportiva pela Sonafe (Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva) e FMU, além de ser mestrando em Ciências da Reabilitação. Professor da pós-graduação da FAGAMMON em reabilitação músculo esquelética esportiva. Hoje está na equipe de medicina esportiva Dr. Osmar de Oliveira. Site: www.davidhomsi.com.br

Fonte: webrun.com.br

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