segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

22 DE DEZEMBRO, INÍCIO OFICIAL DO VERÃO

Calor, tempo abafado, dificuldade em respirar, consumo execessivo de líquidos, roupas leves, uso de protetor solar e óculos escuros. Tudo isso ao mesmo tempo. Essa é a sensação que o curitibano vive hoje dia 22 de dezembro, início oficial do verão.

De acordo com os meteorologistas do Simepar, o curitibano vai enfrentar temperaturas acima dos 30 graus. Podendo chegar até 40 graus. E junto com o sol vem as pancadas de chuvas, trovoadas e temporais. Um clima que segundo os especialistas não dá muito para entender. A lógica das previsões antecipadas fugiu do padrão. Hoje, fazer previsão de tempo é uma ciência cada vez mais complicada. Motivo: auteração climática que é resultado do excesso de poluição, desmatamento e descongelamento das calotas polares. Resultando na elevação do nível do mar e da formação de ciclones e tornados.

No mundo
Um estudo científico do Instituto Internacional para o Ambiente e o Desenvolvimento, de Londres, publicado no jornal "Environment and Urbanization" identifica, pela primeira vez, as áreas costeiras baixas como vulneráveis à elevação do nível do mar provocada pelo aquecimento .
No total, 634 milhões de pessoas moram em zonas de risco - regiões com menos de 10 metros de altitude - e esse número está crescendo, diz o estudo. Dos mais de 180 países com população vivendo em regiões costeiras de baixa altitude, cerca de 70% possuem áreas urbanas com mais de 5 milhões de pessoas, incluindo Tokyo, Nova York, Mumbai (Índia), Xangai (China), Jacarta (Indonésia) e Dacca (Bangladesh).
A Ásia é particularmente vulnerável e, em geral, as nações mais pobres correm maior perigo. Entre 1994 e 2004, cerca de um terço dos 1.562 desastres com enchentes ocorreram na Ásia. Das 120 mil pessoas que morreram nesse tipo de tragédia, cerca de metade vivia na região.
De acordo com o estudo publicado no site “Sciencexpress”, pelo Potsdam Institute for Climate Impact Research, da Alemanha, existe uma relação direta entre a elevação do nível do mar e o aumento médio global de temperatura. O estudo demonstra uma aproximação entre temperatura e as mudanças do nível do mar, durante o século 20, de 3,4mm/ano/°C. Quando aplicados os cenários de aquecimento futuros do IPCC, resultam em um aumento do nível do mar, no ano de 2100, de 0,5 metros a 1,4 metros acima dos níveis de 1990.
No Brasil
No Brasil, quarto maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, os cenários climáticos mais quentes podem fazer da costa do Rio Grande do Sul até o Sul do Rio de Janeiro, entre 2071 e 2100, uma região de condições favoráveis para o desenvolvimento de ciclones extratropicais. Se as mudanças climáticas trouxerem os furacões do Atlantico Sul, haverá necessidade de mudanças nos códigos de edificações, prevendo construções resistentes aos ciclones, além de adaptação de órgãos como a Defesa Civil.
O aparecimento de furacões não é o único risco da elevação do nível do mar. Nas cidades litorâneas brasileiras, cerca de 42 milhões de pessoas (25% da população) que vivem na zona costeira, serão possíveis vítimas da elevação do nível do mar. Nas cinco principais metrópoles à beira-mar – Fortaleza, Recife, Salvador, Rio de Janeiro e Belém – residem mais de 22 milhões de indivíduos.
O nível médio do mar pode aumentar entre 30 cm e 80 cm nos próximos 50 a 80 anos. Nos últimos 50 anos foi observada uma tendência na costa brasileira de um aumento do nível relativo do mar da ordem de 40 cm/século, ou 4mm/ano
Fonte: SIMEPAR/Jornal Alto da XV

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