terça-feira, 1 de setembro de 2009

NESTE MÊS DE SETEMBRO, VÁ DE BIKE!!!






Durante o mês de setembro a bicicleta será a grande atração do trânsito em Curitiba. Esse é o objetivo do Arte Bicicleta Mobilidade, que reúne eventos culturais e políticos para incentivar e cobrar do poder público o uso de meios de transporte mais limpos na capital. Para iniciar as atividades, ocorre hoje à noite o Desafio Intermodal, uma competição para ver qual modal é mais rápido e o menos poluente. Outra ação que marca o mês acontece em 22 de setembro, no Dia Mundial sem Carro, quando será realizada a “Mar­­cha das Mil Bikes”. Os organizadores estimam que se 10% dos motoristas deixassem seus veículos motorizados em casa, 38 milhões de quilos de poluentes deixariam de ser jogados na atmosfera anualmente.
O Desafio Intermodal vai colocar lado a lado para competir a bicicleta, o carro, o ônibus, a motocicleta, pedestres, um corredor e duas pessoas com problemas de acessibilidade. Esta é a terceira edição do evento. Nas duas anteriores, a bicicleta foi a grande vencedora. Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná e do Instituto de Tec­­nologia para o Desenvolvimento (Lactec) vão analisar a emissão de poluentes, tempo e gastos de cada modal, além de colher dados subjetivos, como índice de satisfação e estresse.



Cálculos do projeto Ciclovida, programa de extensão da UFPR, mostram que uma pessoa que mora a 10 quilômetros do trabalho e faz o trajeto sobre duas rodas queima 21 mil calorias por mês e pode perder até três quilos. Além disso, deixa de emitir 96 quilos de poluentes e economiza cerca de R$ 150 mensalmente. Hoje apenas 2% dos curitibanos usam o modal como alternativa de transporte.

Sem política pública

O principal ponto de crítica dos organizadores do evento em relação a Curitiba é a falta de uma política pública efetiva para quem usa a bicicleta como meio de transporte. O filósofo Goura Nataraj, integrante do coletivo de arte Interlux, um dos grupos mobilizadores, argumenta que a criação de ciclofaixas na cidade não é algo difícil de ser realizado. “Se conseguimos fazer obras tão grandes como a Linha Verde, por que não as ciclofaixas?”, questiona. No trânsito, os ciclistas são desrespeitados por motoristas de ônibus e carros, motoqueiros e pedestres. “O município precisa de estrutura para atrair mais bicicletas. Com pouco, já teríamos uma cidade diferente”, diz José Carlos Belotto, um dos coordenadores do Ciclovida.


Outro olhar

O Arte Bicicleta Mobilidade é um movimento que pretende mudar a forma como as pessoas veem a ocupação dos espaços públicos. Para os organizadores do evento, não é somente substituir um modal pelo outro, mas olhar a cidade de forma diferente. “Hoje há um esvaziamento da rua como espaço de convivência. As decisões sobre o transporte coletivo ficam somente com os órgãos públicos e a sociedade não é ouvida”, diz Goura Nataraj. “É um mês cívico cultural, de crítica ao automóvel. Queremos uma cidade mais agradável e menos poluída.”
Para os ativistas em prol da bi­­cicleta, o trânsito não é uma ques­­tão isolada e deve ser pensado coletivamente. “Nosso foco é na sociedade, em despertar a cons­­ciência e tornar o espaço pú­­blico sustentável”, diz Luís Car­­los Patrício, do grupo Transporte Humano. Eles desenvolvem em empresas o projeto Bike to Work, que incentiva o uso de modais não poluentes. “Queremos menos poluição e mais segurança nas ruas.”
Responsável pelo monitoramento da qualidade do ar do Lactec, Eliseu Esmanhoto afirma que o carro é sempre o vilão da poluição. “São eles que mais emitem gases poluente e que causam o efeito estufa. Sem 10% da frota atual, já teríamos um ar mais saudável para a cidade.” É Esmanhoto quem vai medir hoje à noite os gastos de combustível e a emissão de poluentes com base em estudos já realizados pelo Instituto.

AGENDA

Confira a programação do mês para incentivar o uso da bicicleta:
Hoje
18h – Desafio Intermodal (veja infográfico)
Dia 04
18h30 – Música Para Sair da Bolha. Itinerante.
Dia 06
10h – Oficina libertária no Parque São Lourenço e aulinha de bicicleta.
Dia 07
8h – Pedalada à Valadares – pátio UFPR – cicloturismo, fandango e discussão sobre a mobilidade por bicicleta no litoral.
Dia 09
19h – Na Cinemateca sessão Ciclecine.
Dia 11
18h30 – Bicicletada musical (pátio UFPR – reitoria)
Dia 12
9h – Jardinagem libertária e bicicletada partindo do Parque São Lourenço.
Dia 13
10h – Oficina libertária no Parque São Lourenço e aulinha de bicicleta.
Dia 15
Das 9h às 12h e das 14h30 às 17h30 – Oficina infantil de criação fantástica de veículos no Centro de Criatividade de Curitiba.
Dias 16, 17, 18
19h – Ciclo de palestras e debates na UFPR.
Dia 18
18h30 – Música Para Sair da Bolha. Itinerante.
Dia 19
Ciclodia da UFPR – uma iniciativa do programa Ciclovida
Dia 20
10h – Oficina libertária no Parque São Lourenço e aulinha de bicicleta.
Dia 22 – Ações do Dia Mundial Sem Carro
12h – mobilização na Praça Santos Andrade rumo à Câmara dos Vereadores
16h – Vaga Viva pelo Centro e Música Para Sair da Bolha
18h30 – Marcha das 1000 bicicletas
Dia 25
18h30 – Música Para Sair da Bolha. Itinerante.
Dia 26
10h – Grandiosa Bicicletada de Sábado (pátio da reitoria – UFPR)
14h – Ciclechic – Praça 29 de Março (comida, música e moda)
Dia 27
10h – Oficina libertária no Parque São Lourenço e aulinha de bicicleta.
Dia 29
Das 9h às 12h e das 14h30 às 17h30 – Oficina infantil de criação fantástica de veículos no Centro de Criatividade de Curitiba.
fonte: Gazeta do Povo

Um comentário:

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Marcos Roberto